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Direito estratégico transforma atuação na advocacia moderna

No setor empresarial e previdenciário, advogados adotam novas abordagens para otimizar processos e garantir direitos

Direito estratégico transforma atuação na advocacia moderna
Direito estratégico transforma atuação na advocacia moderna

Nos últimos anos, o conceito de Direito Estratégico tem ganhado destaque no cenário jurídico brasileiro, refletindo uma mudança significativa na atuação dos advogados. De acordo com um estudo do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação (CEPI) da FGV Direito SP, nos últimos cinco anos, 35% dos escritórios de advocacia criaram departamentos de marketing, 26% estabeleceram áreas de negociação, mediação e conciliação, e 23% implementaram setores de gestão de inovação.

Esses dados refletem uma adaptação dos escritórios às transformações tecnológicas e às novas exigências do mercado jurídico, buscando não apenas a resolução de litígios, mas também a prevenção de conflitos e a otimização de processos empresariais.

A advogada Lethicia Soares, especializada em Direito Empresarial, Previdenciário e com atuação nos Juizados Especiais, destaca que essa abordagem tem sido fundamental para atender às demandas do mercado atual. “Os clientes buscam cada vez mais soluções que vão além do contencioso tradicional. Eles desejam estratégias que previnam problemas e promovam eficiência nos negócios”, afirma.

Para Lethicia, no campo do Direito Previdenciário, essa visão estratégica é essencial para lidar com um dos grandes desafios do setor: a morosidade processual e as dificuldades na execução das sentenças. “Apesar da proposta dos Juizados Especiais ser a celeridade e a informalidade, a realidade é que o sistema judiciário brasileiro, especialmente no contexto previdenciário, enfrenta um grande volume de processos e uma estrutura limitada de pessoal e recursos”, explica Lethicia. “Isso resulta em uma demora na tramitação dos processos e, em muitos casos, na dificuldade do INSS cumprir decisões judiciais, prejudicando diretamente os cidadãos”.

A atuação nos Juizados Especiais também enfrenta desafios semelhantes. Embora tenham sido concebidos para garantir uma justiça mais ágil e acessível, muitos processos encontram barreiras burocráticas na fase de cumprimento das sentenças, impactando o acesso efetivo aos direitos garantidos. “Nos Juizados, onde a celeridade deveria ser uma prioridade, é essencial adotar estratégias que agilizem os processos e atendam às necessidades dos clientes de forma eficaz”, ressalta a advogada.

Segundo Lethicia, a aplicação do Direito Estratégico pode fortalecer a confiança no sistema jurídico e melhorar a eficiência dos processos. “Compreender detalhadamente os requisitos legais e regulatórios, aliando à experiência prática, permite oferecer soluções estratégicas que resolvam problemas e impactem diretamente a vida das pessoas, especialmente na defesa de direitos em situações de vulnerabilidade”, acrescenta.

A incorporação do Direito Estratégico, na prática advocatícia, reflete uma adaptação às novas exigências do mercado e da sociedade. “O advogado moderno precisa ser mais do que um especialista em leis; deve ser um parceiro estratégico, capaz de antecipar problemas e oferecer soluções que agreguem valor ao cliente”, conclui Lethicia Soares.

 

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