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Conitec aprova inclusão de novo tratamento para DPOC no SUS

Terapia tripla fixa em spray combina três medicações em um único dispositivo inalatório

Conitec aprova inclusão de novo tratamento para DPOC no SUS
Conitec aprova inclusão de novo tratamento para DPOC no SUS

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovou a inclusão da terapia tripla fixa em spray para o tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) na rede pública de saúde. Em breve, milhares de brasileiros terão acesso gratuito a uma nova opção de tratamento.

A DPOC é um problema pulmonar crônico que causa falta de ar e pode levar a graves complicações. É a terceira principal causa de morte no mundo, acomete cerca de 6 milhões de brasileiros e resulta em quase  200 mil hospitalizações por ano no país, gerando um gasto aproximado de R$ 103 milhões por ano.

A dificuldade em utilizar múltiplos inaladores e a falta de fluxo inalatório mínimo para inspirar a medicação são desafios para os pacientes. A terapia tripla fixa, que combina três medicamentos em um único dispositivo inalatório, é preconizada pela diretriz internacional de tratamento Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (GOLD 2024) para pacientes com formas graves e muito graves da doença. Os dispositivos em spray, por sua vez, viabilizam a administração dos medicamentos para pacientes que apresentam obstrução grave das vias aéreas e têm capacidade reduzida de inalar.

O fornecimento gratuito da terapia tripla fixa em spray na rede pública de saúde pode simplificar a administração dos medicamentos e, portanto, melhorar a adesão ao tratamento e, consequentemente, o estado clínico do paciente, reduzindo internações e óbitos pela doença.

Como funciona o processo que garante o acesso a novos medicamentos no SUS?

A decisão pela incorporação da terapia tripla fixa em spray foi baseada em estudos que demonstram a eficácia, a segurança e o custo-efetividade do medicamento para o sistema público de saúde e a melhora da qualidade de vida para o paciente.

A avaliação de tecnologias de saúde pela Conitec é apenas uma das etapas do processo que garante o acesso gratuito a novos tratamentos pelos pacientes.

Após encerradas a análise do dossiê de custo-efetividade e a avaliação das opiniões enviadas pela sociedade civil e classe médica durante a consulta pública para a incorporação da tecnologia, a Conitec dá o seu parecer. Se favorável, é atualizado o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), documento que orienta a conduta de tratamento a ser seguida no Brasil.

A partir da publicação da decisão de incorporar tecnologias em saúde ou atualização dos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, o Ministério da Saúde tem o prazo máximo de 180 dias para disponibilizar a tecnologia incorporada. Esse prazo é necessário para os trâmites operacionais de negociação de preço, compra e distribuição.

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