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Setor jurídico adota controladoria jurídica do futuro

A advogada Carolina Zambão explica como a inteligência artificial pode gerar agilidade no setor jurídico, indica como escritórios e departamentos jurídicos enxergam a controladoria jurídica moderna e mostra como os profissionais do direito precisam se adequar ao processo de transformação digital, focando em práticas que entreguem serviços eficientes de forma mais rápida.

Setor jurídico adota controladoria jurídica do futuro
Setor jurídico adota controladoria jurídica do futuro

A otimização de ferramentas, a redução de custos e o aumento da eficiência na entrega nos serviços jurídicos são os principais benefícios da integração do direito a tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA), segundo a pesquisa uso de inteligência artificial (IA) no Poder Judiciário: 2023, realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A pesquisa envolveu 94 órgãos da Justiça (91 tribunais e 3 conselhos) e identificou 140 projetos de IA desenvolvidos ou em desenvolvimento nos tribunais e conselhos, representando um crescimento de 26% em relação a 2022.

Segundo a pesquisa citada, os tribunais brasileiros estão desenvolvendo projetos de IA — como Hórus, Amon, Saré Fi, Toti, Ártemis e Mate — com foco na otimização de processos judiciais e na melhoria da eficiência. Eles estão planejando usar tecnologias como ChatGPT e Gemini em suas atividades administrativas.

A Dra. Carolina Zambão, advogada especialista em controladoria e implementação de tecnologia jurídica, conta que a busca pela eficiência nos órgãos do poder judiciário, escritórios e departamentos jurídicos faz parte do processo de transformação digital do setor. Esse contexto de mudanças está redefinindo a maneira com a justiça, os advogados e os departamentos jurídicos operam, promovendo uma nova era de transparência, agilidade e segurança. Como lembra Dra. Carolina, “desde 2014, enquanto controller jurídico, já usava ferramentas de automação para facilitar a minha vida como advogada e controller. A integração de tecnologias de inteligência artificial na atividade jurídica não é uma novidade. Foi a falta de visão que impediu os escritórios e departamentos jurídicos de apostarem nessa tendência”.

Segundo estudos do Pew Research e da Deloitte, a pandemia acelerou a adoção de novas tecnologias nos tribunais e nas práticas jurídicas, com foco na digitalização de processos e na automação de tarefas repetitivas. Isso permitiu que muitos escritórios de advocacia aumentassem sua produtividade, reduzindo o tempo gasto em tarefas administrativas. “No contexto da controladoria jurídica, ferramentas de inteligência artificial (IA) e análise preditiva têm desempenhado um papel crucial na identificação de precedentes e na gestão de fraudes, permitindo que os profissionais jurídicos se concentrem em questões mais estratégicas” destaca Carolina.

A associação brasileira das empresas de software publicou um matéria apontando que startups podem oferecer soluções baseadas em inteligência artificial que podem gerar mais de 90% de produtividade em algumas tarefas repetitivas na rotina jurídica, impactando diretamente nas operações da controladoria. “A controladoria jurídica, integrada com a IA, permite uma gestão mais eficaz dos fluxos de trabalho e ajuda a mitigar riscos, especialmente em áreas como conformidade regulatória e proteção de dados”, cita a advogada.

A necessidade de implantação da controladoria jurídica em escritórios e departamentos jurídicos fortalece as ações relacionadas à segurança e proteção de dados, como evidenciando  pelo recente caso envolvendo o WhatsApp, que gerou uma ação judicial de R$ 1,7 bilhão por violações à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Para a advogada Carolina, que tem contribuído significativamente para o avanço do setor, a controladoria jurídica é um setor estratégico. Na visão da expert, “a controladoria tem o poder de garantir que os escritórios de advocacia e empresas cumpram as regras de compliance e, ao mesmo tempo, usufruam do poder da tecnologia para otimizar as operações jurídicas”.

Outro aspecto importante que a Dra. Carolina aborda é a necessidade de adaptação dos currículos dos cursos de Direito, “durante a preparação dos futuros profissionais para o mercado, as faculdades precisam ensinar boas práticas do controle jurídico. A controladoria jurídica eficiente é orientada a dados. Por isso, os alunos precisarão entender sobre business inteligence, compliance, direito data driven, legal operations, dentre outras matérias indispensáveis à prática jurídica moderna”, conclui Carolina.

Segundo a especialista, o estudo do tema da implementação de tecnologias na prática do direito ainda é novo e parcialmente rechaçado pelos seguidores do direito tradicional. Ela apontou que a faculdade de direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV Direito SP) abriu, neste ano de 2024, uma pesquisa para discutir a urgência da implementação de tecnologias nos escritórios e departamentos jurídicos. O estudo tem como objetivo compreender quais os desafios e as oportunidades que são criadas a partir do uso de tecnologias nas operações legais e controladoria jurídica no âmbito do futuro do Direito e das profissões jurídicas.

Assim como uma empresa comum, o escritório de advocacia precisa de gestão, ressalta Dra. Carolina. “Os profissionais do direito ainda usam poucos métodos de gestão, o que contribui para o excesso de trabalho e desorganização nos primeiros anos da advocacia. Já os departamentos jurídicos são mais familiarizados com os métodos de organização eficiente de atividades. Nesse ambiente, o uso de práticas de controladoria jurídica digital com foco em eficiência operacional é sistematizado”, detalha.

A Dra. Carolina da Silva Zambão Nabosne, advogada paranaense, foi reconhecida internacionalmente por sua atuação transformadora no uso de soluções automatizadas e inteligência artificial no setor jurídico, consolidando-se como uma líder inovadora nos grandes escritórios do Brasil, segundo o portal Agora Paraná. De acordo com o The Legal Designer, suas contribuições foram fundamentais para a modernização da controladoria jurídica. Ela destaca que o pós-pandemia acelerou o processo de transformação digital do setor jurídico e reforçou também a mudança de mentalidade dos operadores do direito. A palavra do mercado jurídico moderno é eficiência. “É tempo de transformar os processos tradicionais em operações eficientes e inovadoras. A controladoria jurídica é o pilar que sustenta a eficiência e a inovação, liderando a evolução do direito e impulsionando o futuro da prática jurídica” conclui.

Para mais informações, basta acessar: https://www.linkedin.com/in/carolina-da-silva-zamb%C3%A3o-nabosne-aa2026198/ 

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