O técnico de vôlei Walhederson Brandão Barbosa, de 40 anos, que é suspeito de estuprar atletas adolescentes, foi liberado da prisão, segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Em novembro de 2023, o técnico foi flagrado dormindo na cama dele com dois jogadores de 15 anos.
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Por meio de nota, o TJAM informou que Walhederson foi posto em liberdade no último sábado (13), data em que a prorrogação do período de prisão temporária dele por 30 dias concedida pela Justiça se encerrou.
“Em razão de o Ministério Público do Estado do Amazonas já ter oferecido denúncia, o referido processo a que responde o investigado passou a tramitar na 2.ª Vara Especializada em Crimes contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes, em segredo de justiça”, informou o TJAM em nota.
O caso
Walhederson Brandão, que atuava na Seleção Amazonense de Vôlei da Categoria Sub-16, foi preso na manhã do dia 14 de novembro. Após a prisão, a Polícia Civil identificou pelo menos 10 vítimas do técnico de vôlei.
Em dezembro, a delegada titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca), Joyce Coelho, disse que o número de vítimas saltou para 17.
“Contando com os meninos que foram apreendidos na casa dele, durante o dia do cumprimento do mandado e as consequentes buscas”, informou a delegada. Segundo a polícia, todos são meninos com idades entre 16 e 17 anos.
Com as novas denúncias e a partir das buscas feitas pelos investigadores após a detenção do técnico, a Polícia Civil decidiu pedir a prorrogação da prisão temporária por mais 30 dias. A justiça aceitou o pedido.
Conforme Joyce Coelho, o novo prazo é fundamental para a conclusão do inquérito que vai pedir a prisão preventiva do técnico. A delegada afirmou que a investigação é complexa.
“Tanto pelos fatos, pelos crimes envolvidos, já considerando a exploração sexual, pelo fato dele fazer essa troca com os meninos, trocar os atos sexuais por oferecimento por melhoras no esporte, ascensão, contratação em equipes de vôlei, alguns presentes e até, também, o estupro de vulnerável”, disse.
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Segundo a delegada, um adolescente comprovou que começou a ser aliciado pelo técnico quando ainda era criança.
Fonte: G1-AM