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Governo do Amazonas investe em tecnologias para combater incêndios e monitorar a qualidade do ar durante estiagem

Aplicativos Selva e InFire foram criados para ajudar no monitoramento de incêndios em todo o Estado

Governo do Amazonas investe em tecnologias para combater incêndios e monitorar a qualidade do ar durante estiagem
(Foto: Mauro Neto/Secom)

O Governo do Amazonas investe em sistemas de monitoramento por todo o estado para combater as queimadas. Com o aplicativo Selva, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e InFire, do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), além do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP) do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), os órgãos de controle conseguem ter acesso a dados, em tempo real, de queimadas e qualidade do ar, permitindo a antecipação de ações emergenciais.

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Com o auxílio dos monitoramentos feitos pela UEA, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil do Amazonas, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Batalhão de Policiamento Ambiental, o Governo do Amazonas já realizou, até a segunda-feira (02), 331 embargos, totalizando 17.231,1941 hectares de áreas embargadas.

Foram aplicadas multas no valor de R$ 130,3 milhões, 323 autos de infração e 39 termos de apreensão lavrados, além de 168 detenções realizadas. De junho até o dia 1º de setembro, mais de 11,6 mil focos de incêndio foram combatidos pelo Corpo de Bombeiros. Sendo, 1.051 incêndios na capital e 10,5 mil no interior do estado.

Além disso, as informações são importantes para o andamento das Operações Tamoiotatá, Aceiro e Céu Limpo.

Aplicativo Selva

O Selva é uma ferramenta que monitora diversas variáveis ambientais, incluindo, também, chuvas e descargas elétricas em tempo real. Criado em 2020, o sistema é desenvolvido pela UEA, por meio do Programa de Educação Ambiental sobre Poluição do Ar (EducAIR), com o apoio do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea) e da Fundação Cuomo.

O Selva fornece informações precisas sobre a localização e a intensidade das queimadas, como explica o professor doutor da UEA e idealizador da plataforma, Rodrigo Souza.

“Ele (Selva) é uma ferramenta de educação ambiental, mas também integra informações relevantes para a população e acabou se tornando uma ferramenta de utilidade pública, por isso fizemos a ampliação. Tínhamos a ideia de fazer o aplicativo o mais lúdico possível para que ninguém tivesse dificuldade de interpretar os dados”, relata Rodrigo Souza.

O Selva também é utilizado pela Defesa Civil do Amazonas, que também é a responsável pela instalação dos sensores de qualidade do ar na capital e no interior. A partir do momento da instalação, todas as informações são inseridas no sistema, e passam a ser analisadas pela equipe do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa).

“O aplicativo Selva representa um avanço significativo no nosso trabalho de monitoramento e resposta às emergências. Com essa ferramenta, a Defesa Civil do Amazonas não precisa mais esperar, agora, conseguimos monitorar a situação em tempo real e enviar alertas e recomendações diretamente à população”, avalia o secretário da Defesa Civil do Amazonas, coronel Francisco Máximo. “Isso nos permite agir de forma mais ágil e eficiente, garantindo que as medidas necessárias para proteger a saúde e o bem-estar da população sejam tomadas de maneira oportuna”, afirma.

InFire

O aplicativo InFire foi criado pelo Governo do Amazonas, por meio do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), para uso exclusivo da corporação na Operação Aceiro 2024. O lançamento do aplicativo aconteceu em junto deste ano e, desde então, os trabalhos das equipes envolvidas na operação foram intensificados.

O InFire permite a consulta de áreas com maiores focos de incêndio, de forma detalhada de ocorrências, além de consulta de locais onde há bases operacionais da corporação, lotação de efetivo, viaturas e equipamento por área.

Para o sub-comandante-geral do CBMAM, coronel Reinaldo Menezes, o sistema InFire tem agilizado o atendimento de ocorrências desde o seu lançamento.

“Primeiramente, detectamos o latlong, que é a latitude e longitude. O fogo é detectado de imediato, não precisamos esperar o acionamento pelo 193. Depois de detectado, enviamos uma viatura para o local e tentamos apagar o incêndio o mais rápido possível. Esse monitoramento faz com que a nossa equipe consiga dar uma pronta-resposta e permite, também, o reposicionamento da tropa para uma área que precisa de mais atenção”, explica o sub-comandante-geral do CBMAM, coronel Reinaldo Menezes.

Monitoramento

No Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP), inaugurado pelo governador Wilson Lima, em 2021, o Ipaam monitora os focos por meio do BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). E a Sema utiliza os painéis de desmatamento e de queimadas, também com dados do Inpe, o qual é cruzado com a base fundiária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Os painéis oferecem um monitoramento analítico, fornecendo uma visão aprofundada e interativa das informações com dados históricos de alertas de desmatamento e focos de calor, permitindo a identificação de alertas em escala temporal, categorizando em áreas fundiárias, utilizando técnicas de geoprocessamento.

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O Batalhão de Policiamento Ambiental utiliza o Programa Brasil M.A.I.S. – Meio Ambiente Integrado e Seguro, coordenado pela Polícia Federal, para monitorar focos de incêndio na capital e no interior. O sistema fornece imagens diárias de satélite em alta resolução de todo o Brasil, além de alertas automáticos indicando desmatamento, garimpo, incêndio e plantio de culturas ilícitas, por exemplo.

 

Fonte: ASCOM/SECOM

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