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Saúde

Envelhecimento é o principal fator de risco associado à incontinência urinária

Envelhecimento é o principal fator de risco associado à incontinência urinária

Problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, a incontinência urinária (perda involuntária da urina) tem como principal fator de risco o envelhecimento. A alteração, que atinge, em sua maioria, mulheres, impacta significativamente na qualidade de vida de quem a desenvolve. Segundo o cirurgião uro-oncologista Giuseppe Figliuolo, presidente da seccional amazonense da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), neste mês de março, a entidade desenvolve a campanha ‘Saia do Molhado’, um movimento educativo, que visa alertar a população sobre os sinais mais evidentes do IU e a importância de se buscar ajuda especializada.

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Doutor em saúde pública, Figliuolo explica que os fatores de risco, os diferentes tipos de incontinência e as medidas preventivas, merecem destaque no processo educativo.

Além da idade avançada, figuram como fatores correlacionados à alteração a gravidez, o parto e até a menopausa, no caso das mulheres.

“O estresse físico durante a gravidez e o parto podem enfraquecer os músculos do assoalho pélvico, levando à incontinência urinária”, destaca Figliuolo.

De acordo com ele, a obesidade também aumenta os riscos de se desenvolver a incontinência urinária, tanto para homens, quanto para mulheres. “No caso dos homens, cirurgias muito invasivas, como as indicadas para o tratamento do câncer de próstata em estágio avançado, podem ter a incontinência como uma sequela secundária”, assegura.

“O excesso de peso aumenta a pressão sobre a bexiga e os músculos do assoalho pélvico, contribuindo também para o desenvolvimento da incontinência”, completou.

O fator hereditário, por sua vez, também pode contribuir, por conta da pre-disposição genética. Há, ainda, fatores ambientais e outras patologias envolvidas em quadros mais específicos, conforme frisa o especialista.

“Fumar pode levar à tosse crônica, o que contribui para o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, aumentando as chances de se desenvolver a alteração. Além disso, doenças crônicas, como o diabetes, as neurológicas e doenças do trato urinário, também entram para essa lista de fatores de risco”, comentou o especialista.

Tipos

Cirurgião da Urocentro Manaus, Giuseppe Figliuolo informa que existem vários tipos de incontinência. Entre elas, estão: a de esforço (com escape de urina ao fazer esforço físico, ao tossir, espirrar ou rir), a de urgência (quando a vontade de urinar é repentina e urgente), a mista (que combina as duas anteriores), e a funcional (que resulta de problemas físicos ou cognitivos que dificultam o uso do banheiro a tempo)

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Prevenção

A prevenção pode se dar de diversas formas, como praticando exercícios físicos que fortaleçam a área pélvica; manter um peso saudável; evitar o tabagismo; evitar reter a urina por muito tempo e buscar ajuda médica logo nos primeiros sinais de escape involuntário de urina.

“O tratamento adequado por envolver uma equipe multidisciplinar , com urologista/cirurgião, psicólogos, fisioterapeutas, entre outros. O importante é não negligenciar o problema”, destacou Figliuolo.

Fonte: ASSESSORIA

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