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Franquias do Brasil crescem no mercado dos EUA

Mercado americano oferece oportunidades para marcas brasileiras, aponta especialista em internacionalização

Franquias do Brasil crescem no mercado dos EUA
Franquias do Brasil crescem no mercado dos EUA

O mercado de franquias nos Estados Unidos, considerado o mais maduro e desenvolvido do mundo, atrai crescente interesse de empresários brasileiros. De acordo com Esdras Ribeiro, autor do livro ‘A Franquia de um Milhão de Dólares’ e consultor especializado em internacionalização de negócios, o momento atual apresenta condições favoráveis para expansão internacional.

“No Brasil, o conceito de franquias começou a ganhar tração nas décadas de 1970 e 1980, quando marcas internacionais começaram a enxergar o potencial do mercado brasileiro”, contextualiza Ribeiro. Com base em sua experiência no mercado internacional, Ribeiro destaca a dimensão do mercado americano. ‘O volume de unidades franqueadas nos Estados Unidos é aproximadamente dez vezes maior que o brasileiro, o que demonstra o potencial deste mercado’, analisa o especialista.

O mercado americano se destaca não apenas pelo volume de operações, mas também por sua estruturação. “Globalmente, as franquias têm se mostrado resilientes a crises econômicas e rápidas em adaptar-se a mudanças tecnológicas e culturais”, destaca Ribeiro, que analisa diversos casos de internacionalização em seu livro.

UOL indica que, enquanto no Brasil o segmento de alimentação representa 40% do total de franquias, nos Estados Unidos existe distribuição entre diferentes setores, incluindo saúde, educação e serviços especializados.

O consultor identifica cinco aspectos centrais no cenário atual: tecnologia, personalização do atendimento, sustentabilidade, multicanalidade e expansão do delivery. “São elementos que os empresários precisam considerar em seus planos de internacionalização”, explica.

O mercado americano se destaca pelo uso intensivo de tecnologia. A inteligência artificial, automação de processos e análise de dados têm transformado a operação das redes, estabelecendo novos padrões de eficiência’, observa Ribeiro, com base em casos analisados em seu livro.

A estrutura regulatória requer atenção específica. No Brasil, a Lei 13.966/2019 estabelece diretrizes nacionais, enquanto nos EUA cada estado mantém regulamentações próprias. “O empresário precisa considerar diferentes jurisdições e requisitos legais”, explica Ribeiro.

Em seu livro, o especialista estabelece cinco etapas para internacionalização. O processo inicia com análise de mercado, incluindo estudos sobre concorrência e perfil do consumidor. “É fundamental compreender o comportamento do consumidor americano”, ressalta.

A adaptação do modelo de negócio constitui fase determinante. “Muitas empresas brasileiras encontram dificuldades ao tentar replicar o modelo que funciona no Brasil”, observa Ribeiro. O processo demanda ajustes em produtos, preços e marketing.

A estruturação jurídica envolve desde a escolha do tipo de empresa até proteção de propriedade intelectual. “O sistema legal americano demanda criteriosa análise”, aponta o consultor. O processo inclui ainda desenvolvimento de fornecedores locais e padronização operacional.

A experiência de Ribeiro com dezenas de empresas revela que aspectos culturais frequentemente representam os principais desafios. “As diferenças na gestão de equipes e no relacionamento com clientes exigem preparação específica”, relata.

Segundo Ribeiro, com base em sua experiência de mais de uma década assessorando empresas em processos de internacionalização, o investimento inicial para estabelecer uma franquia nos Estados Unidos requer planejamento financeiro substancial. “O empresário precisa considerar um investimento que pode variar entre US$ 200 mil e US$ 1 milhão, dependendo do segmento e da escala pretendida para a operação”, explica o especialista.

O mercado americano mantém atratividade para marcas brasileiras, especialmente em setores como tecnologia, saúde e educação. O especialista indica que empresas com propostas definidas e disposição para adequações locais apresentam melhores perspectivas.

“O processo de internacionalização requer planejamento meticuloso e compreensão do mercado-alvo”, conclui Ribeiro, referenciando casos analisados em seu livro e experiências com clientes que expandiram operações para os Estados Unidos. Segundo ele, empresas que priorizam adaptação cultural e conformidade regulatória estabelecem condições para desenvolvimento no mercado americano.

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