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Consumo de produtos veganos cresceria com certificação

Sociedade Vegetariana Brasileira evidencia relevância da certificação vegana nas embalagens; profissional do mercado de vinhos explica a importância da informação nos rótulos das bebidas veganas

Consumo de produtos veganos cresceria com certificação
Consumo de produtos veganos cresceria com certificação

De acordo com dados da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), 55% dos brasileiros consumiriam mais produtos veganos se a classificação estivesse indicada na embalagem. Para um produto receber o “selo vegano”, emitido pela SVB, ele precisa não conter ingredientes de origem animal, não ser testado em animais e não usar matéria-prima de fornecedores que testem em animais.

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A SVB já certificou, até hoje, 3.921 produtos brasileiros nas categorias de alimentos, cosméticos, higiene, limpeza e calçados. Na categoria de alimentos, estão inclusos também bebidas como sucos, cervejas e vinhos – o programa de certificação é considerado um termômetro do crescimento do mercado vegano no país, tendo incluído cerca de 250 empresas desde 2013.

A entidade esclarece que são os produtos, individualmente, que são certificados, e não as empresas. Um dos objetivos do selo é, segundo a SVB, garantir segurança ao consumidor vegano. Assim, no caso dos vinhos, por exemplo, a vinícola produtora só pode colocar o selo vegano nos rótulos das suas bebidas que atendem a todos os critérios da certificação.

“Muitas pessoas ficam surpresas ao saber que nem todos os vinhos são veganos ou mesmo vegetarianos”, aponta Ricardo Castilho, sócio-fundador da Elite Vinho. Ele explica que, apesar de isso não ser uma informação muito conhecida, o processo de clarificação dos vinhos frequentemente usa agentes de origem animal, o que torna a presença do selo vegano no rótulo essencial para os consumidores veganos comprarem com segurança.

“Muitos produtores de vinho estão explorando alternativas veganas para a clarificação, como argilas bentoníticas e proteínas vegetais, que não afetam a qualidade do vinho e são eticamente aceitáveis para veganos”, conta Castilho. Ele aponta ainda que a demanda por vinhos veganos está crescendo à medida que mais pessoas adotam dietas baseadas em plantas e se tornam conscientes das práticas de produção de vinho também.

Ainda de acordo com dados da SVB, 67% dos consumidores de produtos veganos têm a sustentabilidade da marca como um fator decisivo na compra. Para Castilho, isso se reflete no mercado de vinhos, já que “a escolha por vinhos veganos também pode ter um impacto positivo no meio ambiente, uma vez que a produção vegana tende a ser mais sustentável, com menor uso de recursos naturais e menor emissão de gases de efeito estufa.”

Os processos tradicionais de clarificação dos vinhos, que têm como objetivo remover impurezas e partículas em suspensão, podem utilizar produtos derivados de ovos, como a albumina, e do leite, como a caseína. Ambos são ingredientes não consumidos por veganos. Produtos derivados diretamente de tecidos de animais, como a gelatina e a ictiocola, também são usados na produção de alguns vinhos e não são consumidos por veganos e por vegetarianos.

Já os vinhos veganos não utilizam nenhum produto de origem animal em todo o seu processo de produção. No entanto, é preciso ter especial atenção ao rótulo e às informações disponibilizadas pela empresa ao comprar vinhos veganos, alerta Castilho.

“É sempre aconselhável que os consumidores interessados façam uma pesquisa cuidadosa, pois nem todos os vinhos que se autodenominam ‘veganos’ seguem rigorosamente práticas livres de produtos animais”, afirma “Certificações confiáveis e a transparência dos produtores são essenciais para garantir a autenticidade do produto”, finaliza o especialista.

Para saber mais, basta acessar http://www.elitevinho.com.br

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