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Setor supermercadista responde por 9,2% do PIB

São 414.663 lojas em todo o Brasil e, além da concorrência acirrada, transformação tecnológica é um dos desafios para o setor

A alta competitividade é um dos principais desafios enfrentados pelas empresas de modo geral, sobretudo no setor supermercadista – um dos grandes motores do varejo brasileiro. Para se ter uma ideia, no último ano, esse segmento alcançou R$1 trilhão em faturamento por meio da operação de todos os seus formatos e canais de distribuição (atacarejo, supermercado convencional, hipermercado, loja de vizinhança, loja de conveniência, loja de container/condomínio, e-commerce e minimercados, mercearias, armazéns e hortifruti). Os dados são do ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). E esse número representa 9,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

O levantamento aponta também o crescimento do setor: são 414.663 lojas em todo o Brasil. E, além do crescimento no número de estabelecimentos, os supermercadistas possuem mais um desafio: a utilização da tecnologia. Depois da ascensão do delivery e do autoatendimento, ao que tudo indica, o futuro aponta para outras tendências capazes de transformar a maneira como os consumidores brasileiros abastecem suas despensas e a jornada de compra acontece. Entre elas, destaque para o uso cada vez maior da Inteligência Artificial (IA) na automatização de processos e melhoria da eficiência operacional e a urgência de criar uma presença digital impactante.

Diante deste cenário, de transformações tecnológicas e concorrência acirrada, os supermercadistas precisam se conectar com o cliente de forma mais profunda e personalizada, proporcionando-lhe experiências significativas e capazes de fidelizá-los. De acordo com uma pesquisa divulgada no CX Trends 2022, 86% dos entrevistados afirmam dar preferência para empresas que oferecem uma boa experiência e 74% dizem não se importar em pagar mais caro, caso a experiência seja boa.  

Um dos caminhos que leva à satisfação dos clientes é investir no ativo número um de qualquer negócio: os colaboradores que fazem ele acontecer. Ao valorizar o potencial daqueles que dão sentido a cargos e departamentos, motivando e inspirando as equipes dentro de suas respectivas áreas de atuação, fica mais fácil conquistar vantagem competitiva e sair na frente da concorrência. Aliás, essa costuma ser a carta na manga das organizações bem-sucedidas: pensar na satisfação, no bem-estar e na qualidade de vida de quem faz a roda girar com respeito e empatia.

A boa notícia é que, com o suporte adequado, supermercadistas de todos os portes podem desenvolver uma cultura organizacional na qual tanto o ambiente como a rotina corporativa aumentem os níveis de retenção, engajamento e entrega dos funcionários. Nesse cenário, um dos primeiros passos é a preparação dos líderes. Ao promover o bem-estar da equipe, incentivar um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal e adotar tecnologias e ferramentas modernas de trabalho, os líderes não apenas motivam suas equipes, mas também as capacitam a alcançar níveis mais altos de eficiência e competitividade. 

Mas no que consiste uma liderança eficaz? “Uma liderança eficaz se apoia em quatro fundamentos principais: visão clara, boa comunicação, integridade e empatia”, afirma Camila Lorenz, sócia fundadora da Agência de Gestão e responsável pelo pilar de cultura e desenvolvimento. Segundo Camila, um líder precisa saber aonde quer chegar e transmitir isso de forma inspiradora para sua equipe. Também é essencial haver uma comunicação clara para que todos saibam seus papéis e como contribuem para os objetivos da empresa. Além disso, agir com honestidade e justiça fortalece a confiança da equipe, e entender as necessidades dos colaboradores melhora o ambiente de trabalho e a produtividade.

Diversidade e inclusão

Outra pauta que se encontra no centro do debate dos Recursos Humanos e que merece atenção de gestores é a de diversidade e inclusão, incluindo a relação entre pessoas de diferentes gerações. “Por exemplo, é essencial entender o que motiva os jovens profissionais, que geralmente valorizam flexibilidade, oportunidades de crescimento e um ambiente ético e sustentável”, pontua a sócia fundadora da Agência de Gestão. Isto é, além de retorno financeiro, as gerações que estão chegando ao mercado de trabalho desejam atuar ao lado de gestões que promovam valores em todas as etapas da trajetória do colaborador de maneira abrangente, consistente, eficiente e permanente.

Na visão de Camila, a liderança eficaz é o catalisador que transforma equipes em verdadeiros motores de sucesso organizacional. “Mais do que nunca, ocupar posições estratégicas requer consciência da responsabilidade que é formar times plurais dispostos a passar por treinamentos e capacitações de modo a atingir metas que gerem melhorias internas e tragam resultados concretos”, finaliza. 

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