Amazônia Sem Fronteira

Notícias Corporativas

STF suspende concursos por limitação de vagas para mulheres

STF suspende concursos por limitação de vagas para mulheres

Uma decisão da Justiça suspendeu concursos da PM (Polícia Militar) e do Corpo de Bombeiros no DF (Distrito Federal) e em nove estados do país por conta da discrepância no número de oportunidades para homens e para mulheres.

+ Leia mais notícias no portal Amazônia Sem Fronteira

A PM de Minas Gerais, por exemplo, abriu um concurso para 2.901 vagas para o curso de formação de soldados que previa 2.611 vagas para homens e apenas 290 para mulheres.

Em resposta, a Procuradoria-Geral da República entrou com recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) – o ministro do Supremo Nunes Marques suspendeu a aplicação do concurso, que seria realizado no dia 10 de março. Na compreensão dos ministros, a regra de reservar uma minoria de vagas para mulheres é inconstitucional.

Seguindo a mesma premissa, desde o início de 2024, o Supremo também considerou inconstitucionais os editais de concursos militares do DF e dos estados do Ceará, Goiás, Mato Grosso, Pará,  Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

“A suspensão dos concursos de PMs e bombeiros pela Justiça foi fundamentada em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) que garantem a igualdade de gênero e a proibição de discriminação em concursos públicos”, destaca o Dr. Lindson Rafael Silva Abdala, sócio do Via Advocacia, escritório de advocacia especializado em concurso público e servidores públicos.

“O STF tem jurisprudência consolidada sobre a necessidade de respeitar os princípios da igualdade e da não discriminação”, afirma.

Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) chamado Índice de Normas Sociais de Gênero, que abrange 85% da população mundial, indicou que 90% dos entrevistados têm algum tipo de preconceito contra as mulheres – no Brasil, de acordo com o levantamento, 84,5% da população têm algum tipo de preconceito contra as mulheres.

Concurseiros e servidores podem reivindicar seus direitos

Abdala explica que as mulheres que se sentirem prejudicadas pela limitação de vagas nos concursos de PMs e bombeiros podem embasar suas ações judiciais em decisões do STF que reconhecem a igualdade de gênero como um direito fundamental.

“O STF tem jurisprudência que respalda a igualdade de oportunidades e o combate à discriminação de gênero, o que poderia fortalecer a argumentação das mulheres lesadas pela restrição de vagas”, esclarece.

O advogado observa que, atento a esta premissa, o Via Advocacia nasceu com o intuito de ajudar concurseiros e servidores públicos em suas demandas contra as ilegalidades cometidas pela administração pública e bancas examinadoras.

O sócio do Via Advocacia já foi servidor público da Polícia Militar e percorreu uma longa jornada para sua aprovação, levando tal experiência para o escritório. “Hoje, atuamos em âmbito nacional e temos uma filial em Brasília (DF) que é especializada em concursos federais. A ideia é ajudar cada vez mais concurseiros a serem aprovados, combatendo as ilegalidades das bancas examinadoras”, complementa.

Para mais informações, basta acessar: https://www.viaadvocacia.com.br/

Mais Notícias