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Mercado de alimentos saudáveis deve seguir aquecido

No Brasil, tendência começou na pandemia; empresária do setor vê potencial de continuidade também em dados da Abras deste ano

Mercado de alimentos saudáveis deve seguir aquecido
Mercado de alimentos saudáveis deve seguir aquecido

Depois da pandemia de Covid-19, a preocupação dos brasileiros com a saúde alimentar aumentou e tudo indica que permanecerá crescendo. Dados coletados pela Kantar e publicados em 2021 já mostravam que 33% dos brasileiros tinham aumentado o consumo de legumes e verduras e que 67% destes pretendiam manter esse hábito no futuro, conscientes da importância da dieta saudável.

Já os dados mais atuais do relatório de 2023 da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) mostram que a participação do setor de FLV (frutas, verduras e legumes) no faturamento dos supermercados (8,2%) é o dobro do setor de padaria e confeitaria, e quase sete vezes maior que o de comidas prontas industrializadas, por exemplo. O mesmo relatório sugere que o mercado de produtos orgânicos (comercializados por 36% dos mercados) têm crescido em popularidade, um outro possível indicador de que o mercado de alimentos saudáveis continua aquecido no Brasil.

Uma alimentação saudável inclui os FLV e orgânicos, mas não se limita a essas categorias. Segundo o Ministério da Saúde, produtos in-natura ou minimamente processados; com reduzido teor de sal, açúcar e gordura; e que colaboram para uma nutrição equilibrada também são componentes de uma alimentação saudável.

“Com a crescente preocupação com a saúde e bem-estar, os consumidores estão mais conscientes sobre os benefícios de uma alimentação equilibrada. Isso tem impulsionado a demanda por produtos que ofereçam ingredientes naturais, livres de aditivos prejudiciais, além de opções que atendam a necessidades específicas, como restrições alimentares”, explica Maria Eduarda de Souza, cofundadora da HolySoup, empresa do ramo alimentício especializada em produtos saudáveis.

A saúde é mesmo a maior preocupação atual no Brasil, segundo a última edição da pesquisa DataSenado, publicada em fevereiro deste ano, que mostrou que se manter saudável é a prioridade de 26% dos brasileiros. Souza acredita que esse foco na qualidade de vida é parte do motivo do mercado de alimentos nutritivos se manter aquecido mesmo após o fim da emergência da pandemia. 

“A disseminação de informações sobre os impactos positivos de uma dieta saudável tem levado as pessoas a fazerem escolhas alimentares mais conscientes. Além disso, a maior oferta de produtos saudáveis, aliada a uma mudança de cultura que valoriza a prevenção e o autocuidado, tem influenciado essa busca por alternativas mais nutritivas”, completa a empresária.

Há um outro dado da pesquisa deste ano da Abras que pode ser relacionado com o mercado de alimentos saudáveis. A Associação destacou que os mercados estão passando por uma forte digitalização, com crescimento das vendas on-line e do relacionamento com clientes por meios digitais. A internet e redes sociais podem ser o que está contribuindo para esse contínuo interesse do consumidor pela comida saudável, analisa Souza. 

“Nesse cenário de maior digitalização, a conscientização sobre a importância da alimentação saudável tem potencial para continuar crescendo, impulsionando a demanda por qualidade nutricional, rótulos limpos e opções acessíveis”. Ela vê o setor de alimentos saudáveis acompanhando a tendência das vendas on-line e se adaptando a essas preferências do público nos próximos anos.

Para saber mais, basta acessar http://www.holysoup.com.br 

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