Torresmo é uma iguaria emblemática que agrada o paladar dos brasileiros. Bastante versátil, pode ser consumido frito, crocante, à pururuca, como aperitivo ou complemento de algum prato: caldo de feijão, feijoada e feijão tropeiro. As formas de preparo também variam para que se obtenha o resultado desejado. Por exemplo, o torresmo de rolo, uma panceta enrolada no formato de rocambole, que é defumada por horas em lenha frutífera e servida crocante, à pururuca. Muitos assadores utilizam equipamentos especiais como parrilla e pit smoker para o preparo.
Incorporada à culinária brasileira por influência dos portugueses, a iguaria é um clássico e ganhou um evento nacional, o Festival do Torresmo Autêntico, uma feira gastronômica itinerante que percorre cidades de todo o Brasil. Em 2022, o evento percorreu mais de 40 cidades brasileiras e, neste ano, já movimentou cerca de R$ 8 milhões, com cerca de 5 toneladas de carne suína e 10 mil litros de chope vendidos por edição.
Além do torresmo em suas diversas versões, o evento proporciona diversão com gastronomia variada, shows de bandas cover de diversos estilos musicais e atrações específicas para o público infantil. Tudo isso com entrada gratuita. Entre os dias 5 e 7 de maio, das 12h às 22h, o Festival do Torresmo Autêntico estará no bairro Parada Inglesa em São Paulo (SP): Praça Nossa Senhora dos Prazeres, ao lado da estação de metrô Parada Inglesa. Estará também em Sete Lagoas (MG), de 4 a 7 de maio, das 12h às 22h, no Shopping Sete Lagoas (Av. Otávio Campelo Ribeiro, n° 2801 – Eldorado, Sete Lagoas – MG). As atrações podem ser consultadas nas redes sociais.
Além de ser uma opção de entretenimento, o festival movimenta a economia das regiões pelas quais passa. “São realizadas parcerias com fornecedores regionais para a compra de insumos, o que movimenta a economia local”, comenta o organizador do festival, Márcio Ferrazzo.
O fomento ao mercado local é um pilar da economia criativa, segmento econômico que tem o conhecimento como fonte de geração de renda e desenvolvimento. “Isso significa, fundamentalmente, empregar mão de obra local, ser palco para artistas regionais e abrir espaço para operadores de alimentos e bebidas da região onde o evento ocorre. Esse processo de curadoria impacta culturas, dando consistência ao ciclo econômico originado pela eventualidade do negócio em si. O festival nasceu do desejo de sintetizar a cultura gastronômica brasileira em um tema conhecido por todos e essencialmente democrático. Não se trata, portanto, de um evento que simplesmente passa por uma localidade, mas se conecta com ela e finca raízes, no sentido de mudanças permanentes”, destaca Ferrazzo.