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Parceria viabiliza inserção de refugiados no mercado de trabalho

De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o Brasil se tornou lar de milhares de refugiados. Os dados apontam que no início de 2023 existiam mais de 65 mil pessoas reconhecidas como refugiadas no país. Em 2021, o Brasil recebeu solicitações de pessoas provenientes de 117 países.

O Sincovaga, por meio da plataforma Varejo Contrata, de cadastramento para vagas no segmento varejista, e o Espaço de Bitita, que ensina a língua portuguesa para estrangeiros, se uniram com o objetivo de proporcionar mais oportunidades de trabalho para migrantes internacionais e refugiados, que enfrentam os desafios da empregabilidade e do aprendizado de um novo idioma, habilidade importante para ampliar as chances de contratação e de inserção na sociedade brasileira.

De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o Brasil se tornou lar de milhares de refugiados. Os dados apontam que no início de 2023 existiam mais de 65 mil pessoas reconhecidas como refugiadas no país. Em 2021, o Brasil recebeu solicitações de pessoas provenientes de 117 países.

Para esses indivíduos que buscam uma vida melhor, a barreira da língua pode se tornar um grande obstáculo na busca por emprego. O crescente número de pessoas em busca de melhores condições de vida e segurança, muitas vezes deixando família, sonhos e bens materiais para trás, exige uma reflexão sobre o papel que as instituições e os cidadãos devem desempenhar.

“A empatia, o compromisso, a humanidade e a busca por uma sociedade mais justa, sustentável e plural devem guiar nossas ações. Esse movimento forçado tem levado muitos indivíduos a se tornarem refugiados, sendo a guerra e a crise econômica os principais fatores que os impulsionam a deixar suas casas e países de origem”, diz Maria de Fátima, coordenadora do Coexistir/Sincovaga.

“Receber as pessoas, entender seus desafios, aprender sobre eles nos coloca na direção de buscar meios para buscar soluções que viabilizem uma condição de vida digna em nosso país. Ganhamos como profissionais e como seres humanos na troca com tantas histórias, sonhos e vontades”, diz a especialista.

Muitos refugiados, mesmo com boa formação e experiência profissional, enfrentam dificuldades no processo de cadastro e entrevistas de emprego. Diante desse cenário, iniciativas como a formação de português, tanto no aspecto linguístico quanto contextual para migrantes internacionais e refugiados, ganham ainda mais importância.

Além disso, é preciso envolver os profissionais que atuam nos processos de atração e contratação para que reconheçam a oportunidade de trazer bons profissionais e a importância de preparar os ambientes de trabalho para a inclusão desses indivíduos, evitando situações de xenofobia e exclusão.

Sulima Pogrebinschi, coordenadora do Projeto de Português para Migrantes Internacionais no Espaço de Bitita, explica a importância dessas ações: “Nós sabemos que para essas pessoas que chegam no Brasil em situação de extrema vulnerabilidade, além do processo de imigração, tão complicado, existem outras dificuldades. E a principal barreira é o idioma. Essa parceria com o Sincovaga é fundamental para dar um sentido à vida deles, pois precisam trabalhar e estar inseridos na nossa comunidade, no Brasil. É um passo muito grande na vida deles e para a integração na sociedade”.

Mais sobre a parceria: https://www.youtube.com/watch?v=DMXtD8NS4wA

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