Relatório do Smart Prosperity Institute estima que as cleantechs em todo o mundo valham 2,5 trilhões de dólares. A expectativa é que em 2030, o investimento nesse setor chegue a 3,6 trilhões de dólares. Essas empresas devem experimentar forte crescimento, pois sua filosofia vem ao encontro do mercado que se desenha para os próximos anos.
As cleantechs são startups focadas na sinergia entre sustentabilidade (clean) e inovação (tech) e no uso de tecnologia limpa. O objetivo é gerar aumento de produtividade e eficiência, com menos custos e desperdícios, reduzindo o impacto ecológico negativo, usando com o máximo de eficiência os recursos naturais.
Conhecidas como startups verdes, as cleantechs vêm crescendo no Brasil.
O mapeamento Cleantech 2021, da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), aponta que o Brasil tinha 177 empresas do tipo ativas no período. Trata-se de um ramo ainda novo no país: a média de fundação é de 3,2 anos, sendo que 22,5% existem há menos de 1 ano.
“Resolvemos nos tornar uma cleantech porque o conceito de empresa sustentável vai ao encontro do nosso negócio, que é a gestão de empresas de reciclagem”, explica Priscilla Machado, diretora da Sygecom.
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O compromisso com a dignidade humana também está no DNA das cleantechs. “Quando pensamos em meio-ambiente, devemos lembrar do importante papel dos catadores de resíduos, que frequentemente não são bancarizados”, recorda Gabriel Pedreira, diretor do Wastebank, empresa que lida com o acesso desses profissionais a serviços financeiros.
Quanto ao público-alvo, o B2B é o modelo de venda mais usado, por 53,9%. Ou seja, vendem produtos ou serviços para outras empresas. “Boa parte dos negócios das cleantechs ajudam a solucionar problemas corporativos”, ressalta Jeferson Konig, CEO da ISat rastreamento, que otimiza a gestão de frotas via GPS.
“As cleantechs querem demonstrar que a tecnologia não é inimiga do planeta, mas, ao contrário, podem trazer soluções ambientais que preservem nossos ecossistemas. Juntos, empresas e população, podemos mudar o mundo, tornando-o mais sustentável”, conclui Priscilla Machado.