Duas semanas após o ataque que resultou na morte de uma professora, a escola estadual reabriu, com plano de acolhimento
Abraços, choro, tristeza e saudade. Emocionados, os alunos da Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, retornaram às aulas na manhã desta segunda-feira (10), duas semanas após um garoto de 13 anos ter esfaqueado e matado uma professora e deixado quatro feridos
Hoje, três turmas com cerca de 90 alunos e os responsáveis foram recebidos com o apoio de equipes multiprofissionais de saúde e participaram de um projeto de acolhimento. O plano é promover atividades pedagógicas por meio de oficinas de arte e grafitagem para a repaginação da escola com todos os estudantes
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Rita de Cássia Reis, uma das professoras esfaqueadas pelo aluno, fez questão de comparecer ao retorno às aulas no colégio.”Estou com o coração acelerado e com a cabeça a mil. É uma situação inusitada porque nunca passei por isso e espero não passar nunca mais. Está sendo muito difícil, mas espero encontrar amigos e alunos que vão me acolher”, disse a educadora, que levou mais de 30 pontos nos braços para fechar os ferimentos
A partir de terça-feira (11), as atividades escolares serão retomadas. Durante a semana, os alunos também participarão de rodas de conversa e oficinas de consciência corporal, entre outras tarefas. “A ideia é que a gente consiga criar esse tipo de espaço para que o silêncio não ocorra. É dentro do silêncio que a gente pode acabar criando um contexto para que essas crianças e adolescentes se confundam dentro daquilo que estão sentindo”, explica a doutora em psicologia clínica Joana Vartanian
Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, professora morta no dia do ataque, era aposentada e “lecionava por amor aos alunos”, de acordo com o sobrinho dela. De luto, alunos e professores retornaram ao local com esperança de que o novo projeto para a escola funcione e que casos como esse jamais aconteçam novamente
Fonte: R7.COM