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Vítima de feminicídio foi ameaçada pelo ex: “você merece morrer”

Vítima de feminicídio foi ameaçada pelo ex: "você merece morrer"
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Andreia Crispim de Lima Silva, 50 anos, foi morta, na noite desta quinta-feira (24), pelo ex-companheiro Luis Carlos Ferreira de Vasconcelos, 35 anos, na casa onde morava, na Estrutural. A vítima tinha medida protetiva contra o agressor e realizou diversas denúncias contra ele. Segundo as ocorrências, o homem a xingava constantemente e chegou a ameaçá-la de morte, além de ter quebrado a lanterna do carro e invadido a casa da vítima. Este é o 25º caso de feminicídio do DF neste ano.

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De acordo com uma denúncia de março do ano passado, a catadora de recicláveis Andreia relatou que o casal teve um relacionamento por cerca de seis anos. Nos primeiros três anos, a relação era harmoniosa, não ocorrendo nenhum episódio de agressão. No entanto, Luís voltou a usar drogas e consumir bebidas alcoólicas, passando a agredi-la verbal e fisicamente. No dia 24 de março, ela disse que iria sair de casa e Luis entrou no carro dela, dizendo que iria acompanhá-la.

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Ao parar em um quiosque para comer, o ex-companheiro seguiu para um bar e consumiu bebidas alcoólicas. Quando voltaram para o carro, Luís estava com uma faca e começou a xingá-la. “Você merece morrer, sua vadia!”, relatou a vítima. Diante da situação, ela parou o carro próximo a uma viatura da polícia e relatou as agressões.

Segundo ela, a equipe de policiais localizou a faca e ordenou que Luis parasse de perturbá-la. Andreia seguiu então para a casa de uma amiga, que deixou que ela ficasse na residência. Porém, por volta das 23h, Luis foi até o local e afirmou que iria matar a ex-companheira.

Em mais um dos relatos da vítima, ela contou que o ex era uma pessoa violenta e que a agredia fisicamente e moralmente. Quando bebia e usava drogas, Luis se tornava ainda mais agressivo e exaltado.

Em 2017, Andreia requereu medidas protetivas de urgência que foram deferidas com a finalidade de afastar o homem do lar do casal, mas a ordem não foi cumprida pelo ex. A vítima chegou a se reconciliar com ele, após ele afirmar que iria mudar de vida e parar de beber e usar drogas.

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No entanto, em dezembro de 2021, Andreia procurou novamente ajuda, afirmando que Luis havia ameaçado matar as netas e os filhos dela, de uma relação anterior, além de tirar a vida da vítima, caso ela fosse à polícia.

Em fevereiro deste ano, a catadora de recicláveis informou que estava sendo ameaçada há 24 horas por Luis, declarando ainda que não tinha coragem de registrar ocorrência contra ele para não prejudicá-lo. Ela afirmou que era perturbada por ele durante todo o dia na porta de casa. O ex-companheiro passava pelo portão, dando chutes e saindo correndo. Ela contou ainda que Luís quebrou a lanterna do carro dela. Segundo ela, o casal já estava separado há um ano.

Feminicídio

Luis matou a ex-companheira na noite desta quinta-feira (24), na quadra 04, próximo à Vila Olímpica, na cidade Estrutural. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado para socorrer a vítima e o companheiro, que também estava ferido, mas Andreia não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

De acordo com a ocorrência da Polícia Civil do DF, o casal morava na residência e testemunhas informaram que os dois discutiam frequentemente. Os objetos e facas do acusado do crime foram devidamente apreendidos e uma perícia foi realizada no local. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I) prossegue com as investigações e procedimentos legais pertinentes.

A mulher apresentava ferimentos no rosto e estava em parada cardiorrespiratória. Ela foi atendida às pressas pelos bombeiros, que não conseguiram reverter o quadro. Devido a gravidade dos ferimentos, ela morreu no local.

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Uma equipe da Polícia Militar do DF foi acionada para verificar violência doméstica. Ao chegar ao local, Luís estava armado com uma faca e foi alvejado após enfrentar os policiais militares. Ele estava mantendo Andreia em cárcere. O agressor foi socorrido e levado para o Hospital de Base, mas morreu.

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(Por Darcianne Diogo, Júlia Eleutério e Pablo Giovanni)

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE

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