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Vídeos: tiroteio aterroriza moradores da Penha, Vila Kosmos e Vicente de Carvalho

Vídeos: tiroteio aterroriza moradores da Penha, Vila Kosmos e Vicente de Carvalho
(Foto: Reprodução/vídeo)

Rio – Uma operação pelo segundo dia consecutivo no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, provocou a morte de, pelo menos, quatro pessoas e deixou outros três moradores feridos, nesta quinta-feira (25). Policiais militares do Comando de Polícia Pacificadora (CPP) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Fé/Sereno atuam no Morro do Fé e, de acordo com as plataformas Fogo Cruzado e Onde Tem Tiroteio, os disparos tiveram início por volta das 5h30. 

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De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), sete pessoas deram entrada no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, quatro delas, ainda não identificadas, sem vida. Já os feridos são Samuel Patrick Paixão Piedade, que teria perdido parte das nádegas, após a explosão de uma granada; Elcir Fernandes, baleado no braço e nas nadegas; e Ana Luíza Ananias, atingida no pulso esquerdo. Ainda não há informações sobre o quadro do primeiro e os dois últimos já receberam alta médica. 

Nas redes sociais, moradores afirmaram ouvir a troca de tiros no Morro da Fé de bairros próximos à comunidade, como Vila da Penha e o conjunto do Ipase, e até em Irajá. Relatos apontaram também uma intensa troca de tiros no Morro do Trem, em Vila Kosmos, mas a Polícia Militar informou que não há ação do 41º BPM (Irajá) no local. “Esse tiroteio na Fé/Ipase ‘tá’ pegando fogo, quase duas horas de bala”, contou uma pessoa. “Mesmo distante, está dando para ouvir daqui de Irajá as rajadas de tiros que estão rolando lá no Morro do Trem”, comentou outra. “Mais um dia de muito tiro na Vila da Penha”, disse mais um.

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Até o momento, dois fuzis de assalto foram apreendidos. Por conta da operação, a Secretaria Municipal de Educação do Rio (SME) informou que, na região do Complexo da Penha, duas unidades escolares foram impactadas, afetando 170 alunos, enquanto em Vila Kosmos, quatro escolas não estão funcionando, deixando 893 estudantes sem aulas. 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Clínica da Família Aloysio Augusto Novis, na Penha Circular, mantém o atendimento à população, mas suspendeu as visitas domiciliares. Já a CF Ana Maria Conceição dos Santos Correia, em Vila Kosmos, acionou o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, interrompeu o funcionamento nesta quinta-feira.

Operação integrada na Zona Norte deixa quatro mortos

Neste quarta-feira (24), uma operação integrada nos complexos da Penha e do Alemão e nas favelas do Flexal, no Engenho da Rainha, e de Manguinhos, na Zona Norte, deixou quatro suspeitos mortos e o morador Evaldo Alves da Rocha, de 60 anos, baleado. A vítima foi socorrida para o Hospital Estadual Getúlio Vargas e já recebeu alta. As equipes pretendiam encontrar criminosos de outros estados e lideranças locais, mas não houve presos. 

Por conta da operação, 40 escolas da rede municipal de ensino na região das comunidades ficaram sem aulas, afetando mais de 11,7 mil alunos. Ao todo, as equipes apreenderam três fuzis, mais de meia tonelada de drogas, entre 80 pés e 196 tabletes de maconha, e cerca de 47 mil pinos de cocaína, além de terem recuperado três carros e uma motocicleta roubados. 

Outras operações

Nesta quinta-feira, o 9º BPM (Rocha Miranda) realiza operação nas comunidades do Faz Quem Quer, Congonha e Cajueiro, em Madureira, na Zona Norte. Na Zona Oeste, o 27º BPM (Santa Cruz) atua nas favelas do Aço, Antares, Rola e Três Pontes, enquanto equipes do 14º BPM (Bangu), estão na Vila Vintém, Curral das Éguas, 77, Minha Deusa, Light, Cosme e Damião, Jardim Novo, Rua I, Selvinha e São Bento, nos bairros de Realengo, Padre Miguel e Magalhães Bastos. 

Já o 18º BPM (Jacarepaguá) realiza patrulhamento no Rio das Pedras e há reforço de policiamento em toda a região de Jacarepaguá. Desde o início do ano, traficantes do Comando Vermelho tentam invadir comunidades dominadas por milicianos e integrantes do Terceiro Comando Puro, onde os grupos paramilitares têm maior influência, para expandir os pontos de vendas de droga. Os criminosos têm disputado o domínio da Praça Seca, Muzema, Rio das Pedras, Complexo da Covanca, Gardênia Azul, além dos Morros do Fubá e Campinho. 

Na Baixada Fluminense, o 24º BPM (Queimados) faz uma ação na comunidade do Guandu, em Japeri; o 39º BPM (Belford Roxo) no Complexo do Parque Floresta, em Belford Roxo; o 21º BPM (São João de Meriti) na Vila Ruth, em São João de Meriti; e 20º BPM (Mesquita) na favela da Chatuba, em Mesquita. Há ainda uma operação conjunta entre o 10º BPM (Barra do Piraí), o 28º BPM (Volta Redonda), o 37º BPM (Resende), além da Polícia Civil e da Guarda Municiapal, no Primeiro Distrito de Barra do Piraí, no Sul Fluminense, para reprimir o tráfico de drogas e apreender de armas e veículos.

Até o momento, não há registro de prisões ou apreensões nessas comunidades. A Polícia Militar pede a colaboração da população para localizar criminosos e esconderijos de armas e de drogas pelo 190 ou pelo Disque Denúncia, nos telefones (21) 98849-6099; (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177, além do App Disque Denúncia RJ e também pelo inbox do Facebook e Twitter dos Portal dos Procurados. O anonimato é garantido.

Fonte: O DIA

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