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Verão e viagens de recesso são um alerta para o aumento de conjuntivite em crianças 

Verão e viagens de recesso são um alerta para o aumento de conjuntivite em crianças 

Verão e viagens de recesso são um alerta para o aumento de conjuntivite em crianças 
( Fonte: Reprodução )

Datas são ideiais para aglomeração de pessoas em praias e piscinas, o que facilita o contágio da doença

A junção entre o início do verão e as viagens de recesso é ideal para ter momentos de lazer com amigos e familiares. Porém, esse contato próximo também pode facilitar uma situação não tão confortável, a conjuntivite em crianças.

“Essa aglomeração é o principal fator de risco para disseminação de doenças contagiosas, como as conjuntivites infecciosas”, diz a médica oftalmologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Ione Alexim.

Existem três tipos comuns de conjuntivite, a bacteriana, a alérgica e a viral (a mais comum). A segunda não é transmissível e pode ser desencadeada por uma reação alérgica como a rinite.

A viral, que se propaga mais facilmente no calor e em aglomerações, pode ser causada por fungos e vírus.

“A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a parte branca dos olhos e também atrás das pálpebras”, explica a médica oftalmologista Ana Carolina Porto.

O contágio de pessoa para pessoa acontece por meio do contato do rosto, mão ou objetos pessoais, como óculos, com gotículas do olho infectado.

“Crianças com conjuntivite costumam coçar com maior frequência a região dos olhos e, em seguida, manipulam e compartilham objetos, como brinquedos, disseminando o agente infeccioso para outras crianças”, explica Ione.

O constante contato dos olhos com a água da piscina, tratada com cloro e produtos químicos, também pode causar conjuntivite.

“A água da piscina, uma vez contaminada, pode servir como veículo de disseminação e transmissão do agente infeccioso para muitas outras pessoas. O cloro, comumente utilizado na limpeza das piscinas, também pode gerar uma conjuntivite química inflamatória”, relata Ione.

Após a pandemia de Covid-19, a infecção por coronavírus, além de trazer preocupações respiratórias, acendeu um alerta para danos oculares.

“Os vírus que causam conjuntivite, normalmente, também causam sintomas respiratórios, como é o caso do adenovírus (principal vírus) e também do coronavírus”, informa Carol.

Os principais sintomas dos quadros de conjuntivite são vermelhidão ocular, coceira, lacrimejamento excessivo, hipersensibilidade à luz, ardência, sensação de areia nos olhos e secreção que, normalmente, piora ao acordar. Esses sintomas podem durar entre cinco e sete dias, em média.

Segundo o manual MSD, para prevenir a propagação da condição, crianças que estiverem com conjuntivite devem ficar em casa e podem fazer compressas frias nos olhos, para aliviar a queimação e a coceira.

O documento também recomenda que a família evite compartilhar objetos pessoais com o pequeno, como toalhas ou travesseiros, tocar no olho infectado e estar atenta à constante higienização das mãos — da criança e dos familiares.

O tratamento varia conforme a gravidade da condição (lágrimas artificiais, anti-histamínicos e antibióticos tópicos são alguns exemplos), portanto é fundamental realizar um exame com um oftalmologista em caso de suspeita.

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“Todo incômodo ocular que persiste, mesmo após a lavagem abundante dos olhos com soro fisiológico ou água mineral, ou que esteja acompanhado por outros sintomas, como embaçamento visual, merece ter a avaliação de um oftalmologista”, finaliza Ione.

Fonte: R7.COM

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