Nem todo veneno faz mal. É o que revela um estudo conduzido na Faculdade de Farmácia da Unicamp, a Universidade de Campinas, que está testando o veneno da aranha armadeira para o tratamento de câncer de mama.
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A veterinária e doutoranda Ingrid Trevisan e a coordenadora da pesquisa Catarina Rapôso explicam que antes dos testes em animais de laboratório, elas trabalharam na separação dos componentes do veneno. Catarina Rapôso explica essa etapa do processo.
Com isso, as cientistas chegaram a duas moléculas de interesse: uma delas ataca diretamente as células tumorais, retardando o processo de metástase, e a outra atua na modulação do sistema imunológico.
Depois da produção de uma molécula sintetizada em laboratório, a ideia é utilizar o novo fármaco para tratar cadelas com câncer de mama, em uma etapa que pode abrir caminhos para futuros testes clínicos.
A pesquisa vai ao encontro de uma tendência crescente da indústria farmacêutica: o de utilizar fontes naturais para o desenvolver medicamentos.
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O objetivo final é tratar o câncer de mama em humanos. Dados do Instituto Nacional de Câncer apontam que, no período entre 2023 e 2025, está previsto o diagnóstico de mais de 73 mil novos casos de câncer de mama no Brasil, sendo esse o segundo tumor de maior incidência em mulheres, depois do câncer de pele.
Fonte: RÁDIO AGÊNCIA BRASIL