União Europeia, G7 e Austrália chegaram a um acordo para impor um preço máximo de 60 dólares por barril de petróleo russo
A economia da Rússia será “destruída” pelo teto imposto pelas potências ocidentais ao preço do barril de petróleo russo, afirmou neste sábado (3) a presidência da Ucrânia.
“Sempre alcançamos nosso objetivo e a economia da Rússia será destruída. A Rússia terá que assumir a responsabilidade por todos os seus crimes”, afirmou no Telegram o chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak.
Os 27 países da União Europeia (UE), o G7 e a Austrália chegaram a um acordo na última sexta-feira (2) para impor um preço máximo de 60 dólares por barril de petróleo russo, uma medida inédita com a qual pretendem privar Moscou de uma importante fonte de financiamento para a invasão da Ucrânia.
A medida entrará em vigor na próxima segunda-feira (5), juntamente com um embargo da UE ao petróleo russo, em uma nova reviravolta nas sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia desde que o presidente Vladimir Putin ordenou que suas tropas invadissem a Ucrânia em 24 de fevereiro.
O G7 (Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Japão) garantiu que pretende desta forma “impedir que a Rússia obtenha lucros com a sua guerra agressiva contra a Ucrânia” e “apoiar a estabilidade nos mercados energéticos mundiais”.
A Casa Branca disse que o acordo europeu “ajudará a limitar a capacidade de Putin de lucrar com o mercado de petróleo para financiar uma máquina de guerra que continua a matar ucranianos inocentes”.
A Polônia, um aliado próximo da Ucrânia, queria que a UE impusesse um teto muito mais baixo para acelerar a demolição da economia russa, e Yermak lamentou que isso não tivesse acontecido. “Teria que cair para 30 dólares o barril para destruí-la mais rapidamente”, escreveu.
Bombardeios “inevitáveis”
Os bombardeios russos contra as infraestruturas energéticas da Ucrânia privaram milhões de famílias de luz, água e aquecimento, em um momento de rápida queda das temperaturas devido à chegada do inverno boreal.
Putin estimou que esses atentados se tornaram “necessários e inevitáveis diante dos ataques provocativos em Kiev”, disse o Kremlin ao relatar na sexta-feira uma conversa entre o presidente russo e o chefe do governo alemão, Olaf Scholz.
Fonte: R7.COM