Brasileiro foi encontrado durante operação conjunta das polícias da Hungria, de Portugal, da Europol e do Brasil
O traficante internacional de drogas e procurado pela Interpol Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como Major Carvalho, foi preso nesta terça-feira (21) em Budapeste, na Hungria. Segundo informações apuradas pelo Núcleo de Jornalismo Investigativo da RecordTV com autoridades internacionais, e verificadas com a Polícia Federal Brasileira, o traficante, também chamado de Escobar Brasileiro, utilizava uma identidade falsa do México.
A prisão ocorreu com o apoio de equipes da Polícia Judiciária de Portugal, que procurava Carvalho desde novembro de 2020, depois que ele conseguiu fugir de uma operação simultânea realizada pela Polícia Federal Brasileira em conjunto com a Polícia de Portugal.
Na época, os policiais de Portugal encontraram uma van com 12 milhões de Euros deixada para trás por Carvalho durante uma fuga, que teria envolvido até a compra de uma empresa de táxi aéreo.
Carvalho chefiava uma organização que enviava drogas pelos portos brasileiros para traficantes Europeus, usando principalmente a estrutura dos portos de Paranaguá, no Brasil, e da Antuérpia, na Bélgica. Na época, o grupo dele já havia movimentado mais de R$ 1 bilhão de reais e enviado mais de 50 toneladas de cocaína para a Europa.
Major Carvalho é um ex-policial militar do Mato Grosso do Sul que se tornou o maior narcotraficante independente do Brasil e um dos homens mais procurados do mundo, segundo a polícia. Ele ficou conhecido como ‘Escobar brasileiro’ em referência ao famoso bandido colombiano.
A fuga do criminoso do Brasil envolveu duas farsas. A primeira sobre a identidade do ex-policial, que dizia ser Paul Wouter, natural do Suriname. A segunda ocorreu sobre a morte de Paul Wouter, com atestado de óbito assinado pelo médico Pedro Martin.
Carvalho já havia sido preso na Espanha, em Malága, como traficante responsável por uma embarcação apreendida na Galícia cheia de cocaína. Na época, ele utilizava a identidade falsa de Paul Wouter. O criminoso conseguiu ficar em liberdade provisória e simulou sua morte, usando um atestado assinado por um médico esteticista de Malága.
Fonte: R7.COM