Especialistas esclarecem como funciona a reinfecção pelo coronavírus e o que há de novo em relação ao contágio
Quando a Covid-19 surgiu como uma doença totalmente nova, muito se perguntou se a infecção causada pelo coronavírus seria do tipo em que os sintomas só aparecem uma vez, como a varicela (catapora), por exemplo. A resposta não demorou e logo no primeiro ano de pandemia os primeiros casos de reinfecção com quadros clínicos começaram a aparecer, mesmo que em eventos raros.
Apesar de o contágio promover uma defesa natural do organismo, garantindo proteção contra o vírus por um período de tempo, as reinfecções passaram a ser cada vez mais comuns à medida que novas variantes do Sars-CoV-2 surgiam, mesmo com a ampliação da cobertura vacinal entre a população, inclusive com doses de reforço. Então, o que explica isso?
“Mesmo no caso da catapora, a pessoa pode ter outros contatos com o vírus ao longo da vida, mas não ter a manifestação clínica da doença, porque ela tem um nível de defesa grande o suficiente ou eficiente para neutralizar aquele vírus antes que ele consiga gerar a característica clínica que é esperada dele”, afirma.Nesse sentido, é possível dizer que não é incomum a capacidade que o coronavírus tem de gerar novas infecções capazes de levar a quadros de Covid-19. O que há de novo, nesse caso, é que o Sars-Cov-2 tem causado novas reinfecções em espaços de tempo cada vez menores, segundo o geneticista.“No início de janeiro, quando a onda causada pela Ômicron teve seu pico, começamos a discutir reinfecção, mas como a maioria era de pessoas que tinham sido infectadas pela Gama, eventualmente oito meses ou até um ano antes, era uma reinfecção que de certa forma já era esperada e era inclusive a razão de imaginar a necessidade de outras doses da vacina, porque a gente sabia que essa imunidade montada, pela vacina ou pela infecção natural, não era para a vida inteira”, afirma o especialista.
Fonte: R7.COM