Técnico do Brasil gostou do que viu dentro de campo na goleada sobre a Coreia do Sul, na manhã desta quinta-feira, em Seul. No entanto, ele evitou dizer que o time está pronto
O Brasil jogou bem e goleou a Coreia do Sul por 5 a 1, em Seul, em amistoso da Data Fifa, na manhã desta quinta-feira (horário de Brasília). Dessa forma, o técnico Tite gostou do que viu em campo e elogiou seus comandados. Apesar do bom nível de jogo, ele preferiu rechaçar qualquer tipo de favoritismo a poucos meses da Copa.
Em entrevista coletiva após o duelo em solo coreano, o treinador da seleção brasileira fez questão de elogiar o patamar que seu time teve, bem parecido com o dos últimos jogos, mas com a dificuldade de se adaptar às dificuldades apresentadas no local, como o fuso horário, que mexeu tanto com ele mesmo quanto com os jogadores.
“Ela [a seleção] esteve num patamar de desempenho parecido com os nossos jogos recentes. Fazer isso fora de casa, num ambiente diferente, com relógio biológico alterado, é bem difícil. Pra mim já foi, se não estiver com a cabeça legal, não dá, e com alguns atletas vindo com a cabeça recente, é difícil, e trazer ainda para esse nível de desempenho. O que eu gostei mais ainda. Não só quem iniciou, mas de quem entra. Coloca um, coloca outro e mantém o ritmo. O Fábio Mahseredjian tem colocado que, quanto mais ritmo intenso a gente tiver, mais o adversário se desgasta e mais vantagem vamos tirar com proveito técnico. Ela esteve em um padrão de atuação dos últimos jogos que nós tivemos”, explicou Tite.
Entre os aspectos de que gostou na atuação do Brasil, Tite elencou dois. O primeiro, “os perninhas rápidas” e as construções de Paquetá. O outro fator que encheu os olhos do treinador brasileiro foi a capacidade mental do time depois de tomar o gol de empate.”As construções e os ‘perninhas rápidas’ na frente. A gente somente ajustou no segundo tempo, porque o Raphinha estava vindo buscar muito. Quando você tem jogadores na amplitude, e Paquetá não tem a mesma velocidade que o Rafinha, que o Antony, que o Vini Jr., mas ele tem a jogada construída com o Neymar e o lance individual do lado, para surpreender numa chegada na frente. Essas construções, nós tivemos o Raphinha mais na última linha no primeiro tempo, quer dizer, ele vinha buscar demais, do que participar do jogo, calma, espera lá”, relatou Tite.
“Gostei também de ter tomado o empate e ter tido um nível de concentração de não querer apressar demais. Se você pegar o lance do pênalti, o primeiro no Alex Sandro, até encontrar o espaço, a gente deve ter circulado a bola por mais de um minuto e meio até ter o momento da infiltração, e o Alex Sandro não é o jogador que fica lá na frente para receber. É o que vem de trás para surpreender. Tomar o empate, manter o nível de concentração, criar, não queimar a bola no pé, vai de um lado, de outro, até encontrar o melhor espaço”, completou o treinador.
Fonte: R7.COM