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Temporal no RJ tem 11 mortos e dois desaparecidos

Temporal no RJ tem 11 mortos e dois desaparecidos
(Foto: Agência O Dia)

Onze pessoas morreram e duas estão desaparecidas – dentre elas uma criança – após a forte chuva que atingiu a Região Metropolitana do Rio na madrugada deste domingo (14). O prefeito Eduardo Paes decretou situação de emergência devido às chuvas.

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Os mortos e desaparecidos de acordo com informações do Corpo de Bombeiros

– Em Ricardo de Albuquerque, um homem foi vítima de um desabamento provocado por um deslizamento de terra, na madrugada de domingo (14), na Rua Moraes Pinheiro.

– Em Acari, uma mulher foi encontrada sem vida na Rua Matura, 279, possivelmente vítima de afogamento.

– Em Comendador Soares, próximo à Passarela da Rua Bernardino de Melo, outro homem foi encontrado morto, com sinais de afogamento.

– Em Nova Iguaçu, uma mulher foi resgatada sem vida em um rio próximo à rua General Rondon e um homem morreu por afogamento na rua Patricia Cristina, em Vila São Luis.

– Em São João de Meriti, um homem foi vítima de uma descarga elétrica na Rua Neuza e outro foi vítima de afogamento na Rua Pinto Duarte. 

– Em Belford Roxo, na Rua Parecis, um homem morreu afogado.

– Em Duque de Caxias, um homem foi vítima de descarga elétrica na Rua Marques de Paranaguá. No bairro de São Bento, outro homem morreu, mas a causa não foi divulgada pelos Bombeiros.

– Na Pavuna, na Zona Norte, no Morro da Pedreira, uma mulher morreu vítima de deslizamento de terra na Rua Monte do Amor Sagrado.

Os Bombeiros seguem nas buscas por uma mulher que desapareceu após a queda de um veículo no Rio Botas, na altura da Rua Doze, no bairro Andrade Araújo, em Belford Roxo, na noite de sábado (13). Uma criança em São João do Meriti também está desaparecida.

Trabalho de resgate

Equipes do Corpo de Bombeiros trabalham com cães farejadores para localizar possíveis vítimas. A corporação informou que atendeu a mais de 200 ocorrências relacionadas às chuvas nas últimas 24 horas, em todo o território fluminense. A maioria dos chamados são para salvamentos de pessoas, inundações/alagamentos, cortes de árvores e desabamentos/deslizamentos. 

De acordo com os Bombeiros, o Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) está acompanhando as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos em todo o território fluminense, enviando alertas para os municípios quando necessário.

O risco de inundações e alagamentos é alto ou muito alto na capital, nas Regiões Metropolitana, Serrana, Sul, Noroeste, Costa Verde e na Baixada Fluminense. No restante do Estado, o risco é baixo a moderado. O risco de deslizamentos e desabamentos é alto ou muito alto na capital, nas Regiões Metropolitana, Serrana, Sul, Costa Verde e na Baixada Fluminense.

Estragos

O temporal que atingiu diferentes pontos do Rio de Janeiro causou alagamentos, queda de árvores e problemas no trânsito, neste domingo (14). Em cidades da Baixada Fluminense, como Duque de Caxias e Belford Roxo, ou em São Gonçalo, na Região Metropolitana, regiões ficaram em baixo d’água.

A Prefeitura de Duque de Caxias informou que alagamentos foram registrados em quatro distritos e 14 sirenes foram acionadas. Segundo o município, equipes da Defesa Civil estão em todos os locais afetados. Até o momento, não há registros de famílias desabrigadas ou desalojadas.

Na Praça de Pedágio do km 102, em Duque de Caxias, a pista precisou ficar interditada por cerca de 3h na subida da serra de Petrópolis, na Região Serrana, devido ao alagamento e risco de deslizamento. O sentido Rio, pista de descida, seguiu operando normalmente. Outro trecho alagado foi o da Reduc, que apresentou retenção no trânsito por causa de bolsão d’água em ambos os sentidos da rodovia.

Em São Gonçalo, na Região Metropolitana, a situação não foi diferente e bairros ficaram alagados e sem luz devido o temporal. A prefeitura afirmou que segue em estado de atenção desde esta quinta-feira (11), quando a cidade foi fortemente atingida pela chuva. Algumas regiões estão sem luz há mais de 24 horas.

No Rio, o prefeito Eduardo Paes usou as redes sociais para pedir que os motoristas não usem a Avenida Brasil. Segundo Paes, a via precisou ser interditada por conta dos bolsões d’água. O prefeito informou que os problemas na Zona Norte também são alarmantes nos bairros Irajá, Anchieta e Pavuna. Ele explicou, ainda, que o excesso de pessoas na rua atrapalha a ação dos agentes públicos. 

O município entrou no Estágio 4 às 02h45, penúltimo da escala, devido aos elevados acumulados pluviométricos em 24 horas. Além disso, diversas ocorrências estão em andamento e provocam impactos na rotina da cidade. O Estágio 4 é o quarto nível em uma escala de cinco e significa que uma ou mais ocorrências graves impactam a cidade ou há incidência simultânea de diversos problemas de médio e alto impacto em diferentes regiões.

O Centro de Operações Rio informou que a cidade registrou 25 bolsões d’água, 17 pontos de alagamentos e cinco quedas de árvores. Segundo o COR, a Defesa Civil Municipal acionou 29 sirenes em 16 comunidades do Rio. Os sinais foram ouvidos a partir da 00h30, em função do elevado acumulado pluviométrico no período de uma hora. Os pontos de apoio foram abertos pelos agentes comunitários de Defesa Civil e os moradores devem se dirigir aos abrigos dessas localidades.

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Previsão

Segundo o Alerta Rio, neste domingo (14), uma frente estacionária no oceano ainda influencia o tempo no município do Rio. Com isso, o céu estará predominantemente nublado e há previsão de chuva fraca a qualquer momento, podendo ser moderada no período da manhã. Os ventos estarão fracos a moderados e as temperaturas permanecerão estáveis, com mínima de 23°C e máxima de 31ºC. Ainda segundo o Alerta Rio, na segunda-feira (15) e na terça-feira (16), haverá redução de nebulosidade sobre a cidade e não há previsão de chuva.

Fonte: O DIA

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