Apoiador do PT atingiu eleitor do presidente com faca após luta corporal; autor foi preso em flagrante por homicídio doloso
Um eleitor do ex-presidente e candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, acertou diversas facadas e matou um apoiador do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, na tarde da última terça-feira (4) em Itanhaém, litoral de São Paulo.
O caso veio à tona nesta quarta-feira (5), e o suspeito do crime foi preso por homicídio doloso. O motivo do assassinato, de acordo com testemunhas ouvidas pela polícia e pelo próprio suspeito pelo crime, foi uma discussão política.
A investigação aponta que o indiciado é Luiz Antônio Ferreira da Silva Santos, apoiador do PT, e a vítima é José Roberto Gomes Mendes, que foi esfaqueado e não resistiu. O R7 tenta localizar a defesa de Luiz Antônio Ferreira da Silva Santos. Assim que encontrada e a defesa se manifestar, o conteúdo será adicionado à reportagem.
De acordo com a Polícia Civil de Itanhaém, houve uma discussão dentro de casa entre os dois. Após entrarem em luta corporal, a vítima recebeu vários golpes de arma branca, no caso, uma faca, e não resistiu. A morte foi constatada pelos médicos do Samu, que estiveram no local.
A polícia militar confirmou as informações. Em nota, a corporação disse que os agentes de segurança foram acionados para atender “uma ocorrência de agressão por meio da utilização de uma arma branca (faca)”.
Ao chegar no local, os policiais se depararam com um homem de 52 anos, caído no chão e com vários ferimentos no rosto, costas e pescoço, provocados por um objeto perfuro cortante.
Em seguida, os policiais conseguiram prender um homem de 42 anos, que disse ser amigo da vítima e que morava junto com a vítima. Segundo o agressor, a vítima estava com a faca e, na hora da confusão, ele próprio caiu sobre a arma.
Política e assassinatos
Esta não é a primeira vez que uma discussão política termina em morte no Brasil neste ano. Em julho, o policial penal Jorge Guaranho, apoiador de Bolsonaro, assassinou o então tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo de Arruda. O crime ocorreu no dia da festa de aniversário do petista.
Guaranho entrou no local da festa e disparou várias vezes contra o petista, que revidou. O policial penal foi atingido, mas resistiu aos ferimentos. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por causar perigo comum às pessoas presentes ao local do crime.
Dois meses depois, em setembro, um apoiador do presidente Bolsonaro matou um apoiador do ex-presidente Lula em uma propriedade rural no município de Confresa, em Mato Grosso, na noite de 7 de Setembro — dia em que se comemora a Independência do Brasil.
Segundo a Polícia Civil, a discussão foi iniciada por questões políticas, conforme informado pelo suspeito, que tem 24 anos. Ele foi preso em flagrante e a prisão foi convertida em preventiva (sem prazo de duração) pelo Judiciário.
Fonte: R7.COM