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Sobe para 13 o número de mortos durante terremoto no Equador

Sobe para 13 o número de mortos durante terremoto no Equador

Sobe para 13 o número de mortos durante terremoto no Equador
( Foto: Reprodução )

Epicentro do tremor de 6,8 graus de magnitude foi na província de El Oro, onde ocorreu a maioria dos óbitos

Chega a 13 o número de pessoas que morreram durante um terremoto de magnitude 6,8 que atingiu o Equador no sábado (18). O tremor de terra provocou estragos também no Peru, onde uma morte foi reportada. 

O tremor ocorreu às 12h12 locais (16h12 de Brasília) e teve seu epicentro no município equatoriano de Balao, a cerca de 140 km do porto de Guayaquil, e a uma profundidade de 44 km, indicaram autoridades.

A presidência do Equador publicou um balanço de 13 mortos: 11 na província de El Oro e dois na província de Azuay. O saldo anterior era 12.

O governo indicou ainda que “há pessoas feridas que estão sendo atendidas oportunamente nos hospitais”, mas não deu números.

Na cidade peruana de Tumbes, fronteira com o Equador, uma menina de quatro anos morreu após ser atingida por um tijolo na cabeça, de acordo com informações oficiais.

Lá onde está a poça de sangue, estava brincando com minha outra sobrinha e um bloco caiu sobre ela”, disse David Alvarado, tio da criança, à AFP.

O terremoto foi sentido com mais força no sul do Equador, onde as pessoas saíram correndo às ruas. Uma das cidades mais afetadas foi Cuenca.

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“As pessoas saíam correndo, gritavam desesperadamente, todos saíam dos carros […] desesperadas, corriam, gritavam, choravam”, contou à AFP Magaly Escandón, uma vendedora de artigos de costura na cidade andina.

Em Cuenca, a fachada de uma casa desabou sobre um veículo e deixou “uma pessoa falecida”.

Lá perto, na província de El Oro, três pessoas morreram na queda de uma torre, indicou a Secretaria de Gestão de Riscos do Equador.

O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, viajou para El Oro, onde visitou os feridos em um hospital, e depois irá para Azuay.

“Acabei de terminar a visita à cidade de Machala […] e ratifiquei o apoio do governo, a disponibilização de recursos”, disse Lasso num vídeo no Twitter.

Apelo à calma

O abalo sísmico deixou prédios desmoronados, paredes rachadas e veículos esmagados por escombros.

No centro histórico de Cuenca, houve danos em algumas casas antigas. Algumas estradas perto do município foram bloqueadas por deslizamentos de terra.

Outras cidades também sentiram o tremor, como Quito, Manabí e Manta, segundo usuários nas redes sociais.

Mais cedo, Lasso fez pelo Twitter um “apelo à calma e a se informar por canais oficiais”.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o evento teve uma magnitude de 6,8.

Em nota, o governo do Chile expressou sua “solidariedade” com as vítimas no Equador e afirmou que até o momento não há relatos de chilenos afetados pelo terremoto.

Com menor intensidade, o terremoto atingiu a costa norte e central do Peru. Em Tumbes, afetou 46 pessoas e 12 casas, segundo relatório oficial.

Autoridades sismológicas do país relataram uma magnitude de 7,0 no momento do tremor, mas horas depois corrigiram a medição para 6,7.

Dois por ano

Desde o meio-dia de sábado, bombeiros e policiais trabalham para remover destroços e resgatar possíveis vítimas.

A memória do devastador terremoto de 2016 continua no ar no Equador. Com uma magnitude de 7,8, o sismo deixou 673 mortos e destruiu localidades costeiras, com perdas próximas dos US$ 3,3 bilhões (R$ 17,4 bilhões).

“É uma magnitude relativamente alta para o que temos no país. Na área do golfo de Guayaquil, temos tido mais ou menos desde 2017 cerca de dois terremotos com magnitude superior a 5,0 por ano”, afirmou Mario Ruiz, diretor do Instituto Geofísico equatoriano, em entrevista à rádio FM Mundo.

Segundo o Instituto Oceanográfico e Antártico da Marinha do Equador, o tremor “não reúne as condições necessárias para gerar um tsunami” no Pacífico.

Fonte: R7.COM

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