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Sergio Moro vira réu em ação por suposto prejuízo na Lava Jato

O plenário do TRE-SP é composto por sete juízes. Caso o pedido de domicílio eleitoral seja indeferido, Moro não poderá se candidatar no estado. Apesar de ainda não ter se lançado pré-candidato a nenhum cargo, o ex-juiz sugeriu que poderá concorrer a uma vaga no Senado pelo estado.

Justiça do DF aceitou pedido apontando que atuação do ex-juiz na operação  causou prejuízo de R$ 142,6 bilhões à economia

Justiça do Distrito Federal aceitou o pedido do PT para tornar o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) réu em uma ação popular que pede ressarcimento por possíveis danos causados pela atuação do ex-magistrado na Operação Lava Jato. Moro deve apresentar a defesa inicial nos próximos dias.

O PT alega que a atuação do juiz caso levou ao “prejuízo de R$ 142,6 bilhões à economia e a perda de 4,4 milhões de empregos”. A denúncia também aponta irregularidade na interceptação de conversas telefônicas de advogados e questiona a condução coercitiva do ex-presidente Lula, em 4 de março de 2016.

Nas redes sociais, o deputado Rui Falcão (PT-SP), um dos coordenadores da campanha à Presidência de Lula, comemorou a decisão assinada pelo juiz federal Charles Renaud Frazão. “Grande vitória! Moro, juiz venal e agora réu, vai ter que se explicar pelos prejuízos que causou ao povo brasileiro”, postou. Também assinam a ação os parlamentares Erika Kokay (DF), José Guimarães (CE), Natália Bonavides (RN) e Paulo Pimenta (RS).

Em nota, Moro minimizou a ação popular do PT e disse que se defenderá assim que notificado pela Justiça. “Todo mundo sabe que o que prejudica a economia é a corrupção e não o combate a ela. A inversão de valores é completa”, disse. “Em 2022, o PT quer, como disse Geraldo Alckmin, não só voltar a cena do crime, mas também culpar aqueles que se opuseram aos esquemas de corrupção da era petista.”

Domicílio eleitoral

Moro também é alvo do PT em outra ação, que contesta o domicílio eleitoral do ex-juiz. Nesta segunda-feira (23), a Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo opinou pela legalidade da mudança de domicílio eleitoral do ex-magistrado. Segundo o órgão, o ex-magistrado comprovou não apenas ter um endereço na capital paulista, como ter laços afetivos com a cidade.

A ação movida pelo PT questionava a transferência de domicílio de Moro, alegando que “não possui vínculos com o estado de São Paulo, tampouco, com a cidade de São Paulo, a fundamentar o pedido de transferência.”

“Fico feliz pela análise técnica realizada pelo Ministério Público Eleitoral. Foi desmascarada a manobra eleitoral do PT que me teme como candidato em São Paulo”, disse Moro. Apesar da manifestação, a ação ainda será julgada pelo Tribunal Regional Eleitoral de SP.

Fonte: R7.COM

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