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Secretário-geral da ONU pede criação de ‘pacto histórico’ entre países em discurso na COP27

Secretário-geral da ONU pede criação de 'pacto histórico' entre países em discurso na COP27

Mercado financeiro eleva projeção da inflação de 5,61% para 5,63%
( Foto: Reprodução )

Mais de 100 líderes mundiais se reúne no Egito para discutir o cumprimento das principais metas climáticas

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu a criação de um “pacto histórico” entre os países mais ricos e em desenvolvimento para que as principais metas climáticas sejam cumpridas. A declaração foi feita durante seu discurso de abertura da reunião de cúpula COP27, nesta segunda-feira (7).

Mais de 100 líderes mundiais se reúnem em Sharm el-Sheikh, no Egito, pressionados para melhorar o financiamento dos países mais vulneráveis, devastados pelos efeitos das mudanças climáticas.Diante do aquecimento global e seus impactos cada vez maiores, a humanidade enfrenta o dilema de “cooperar ou morrer”, advertiu Guterres.

A humanidade tem uma escolha: cooperar ou morrer. Ou um pacto pela solidariedade climática, ou um pacto pelo suicídio coletivo”, concluiu.

Em um cenário mundial completamente abalado pela invasão russa à Ucrânia e as consequentes crises energética e alimentar, Guterres insistiu que a comunidade internacional não deve alterar a meta do Acordo de Paris de 2015, de limitar o aquecimento a 1,5°C até o final do século.

“Não podemos aceitar que nossa atenção não esteja voltada para a mudança climática, apesar da guerra na Ucrânia e outros conflitos, porque a mudança climática tem seu próprio calendário”, alertou.

“As atuais crises urgentes não podem ser uma desculpa para recuar ou para lavar a imagem, especialmente quando estamos a caminho de um inferno climático com o pé ainda no acelerador.”

Durante a COP27, a grande ausência será a de Xi Jinping, presidente da China, país que é o maior emissor de gases do efeito estufa. Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, segundo maior poluente, viajará ao Egito em 11 de novembro, três dias após as eleições de meio de mandato no país.

“Estados Unidos e China devem responder a este desafio, já que os europeus são os únicos que pagam”, declarou o presidente da França, Emmanuel Macron, em um encontro com jovens antes da sessão plenária.

Os grandes países emergentes “têm que abandonar rapidamente” o carvão como fonte de energia, insistiu o chefe de Estado francês.

“Todos no mesmo barco”

A COP27, que continuará após o encontro de cúpula até o dia 18 de novembro, começou com a aprovação de uma agenda que inclui um tema delicado, que provocou divergências nos últimos anos entre os países mais desenvolvidos e as nações mais pobres: perdas e danos.

Após uma negociação intensa, os países discutirão a criação de um fundo específico para mitigar os efeitos das secas, inundações e fenômenos meteorológicos extremos.

“Aqueles que menos contribuíram para a crise climática estão colhendo as tempestades semeadas por outros. Devemos redirecionar o dinheiro para as pessoas que enfrentam o aumento dos preços dos alimentos e da energia, assim como para os países que sofrem perdas e danos causados pela crise climática”, disse Guterres.

A questão não envolve indenizar os países pobres, insistem as nações industrializadas, que são as que historicamente emitiram em larga escala os gases de efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas.

A maioria dos países membros da COP, reunidos no denominado G77, liderado atualmente pelo Paquistão, considera que é necessário falar de compensações, com pagamentos o mais rápido possível.

Fonte: R7.COM

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