O Brasil é o país com mais ataques a dispositivos móveis na América Latina, segundo dados do Panorama de Ameaças 2023 da Kaspersky. O país sofreu 1,2 milhão de ataques. Além disso, foi o quarto país do mundo mais atingido por malwares entre setembro e outubro, de acordo com a Trend Micro.
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Recentemente, a primeira-dama Janja teve uma conta nas redes sociais invadida por hackers.
Para evitar ter suas contas invadidas, existem diversas medidas que podem ser tomadas por todos. A maioria delas serve para todas as redes sociais e as contas em serviços online e podem ser acessadas nas configurações de segurança dos apps.
A primeira é a chamada verificação de duas etapas. O recurso adiciona uma nova camada de proteção à conta, além do login e da senha, e está presente em praticamente todos os serviços. Geralmente, o usuário precisa digitar um código de quatro ou seis dígitos para completar o login, enviado por SMS ou gerado por um app de segurança.
Apesar de a ativação já ajudar bastante, para quem deseja uma segurança maior, recomenda-se optar por gerar os códigos extras em aplicativos específicos, como o Google Authenticator, o que evita a possibilidade de uma mensagem SMS ser interceptada por criminosos.
Configurações de segurança
Também é importante checar o histórico de segurança da conta. Redes sociais contam com um histórico de acessos e a quais dispositivos aquela conta está vinculada. Locais e horários de acessos ficam guardados por vários meses e podem ser checados a qualquer momento.
A conta do Google também possui um vasto histórico de segurança e envia uma notificação quando algum dispositivo tenta fazer login, o que ajuda a evitar que uma invasão passe despercebida.
Tenha senhas fortes. Nenhuma das medidas anteriores será o suficiente se a sua senha for “fraca”. Existem diversas categorias para senhas fracas: uma muito comum, com dados ligados ao usuário (como datas de aniversário), ou muito curta.
Uma senha ideal deve conter, no mínimo, oito caracteres e números símbolos especiais, como “#”, “$” e “&”. Misturar os três tipos de caracteres torna as senhas mais fortes. É recomendável também ter senhas maiores, com mais de dez caracteres — quanto maior, mais difícil é a senha ser descoberta, ou “quebrada”, nos chamados ataques de força bruta, nos quais invasores testam diversas combinações para encontrar a correta.
E não informe sua senha a ninguém, a não ser por motivos urgentes. Mesmo que a pessoa seja sua amiga, ela pode anotar a senha em um local pouco seguro, além de o código ficar registrado nas mensagens. Troque-a assim que puder.
Gerencie suas senhas
Pessoas com maiores preocupações de segurança podem optar também por um gerenciador de senhas, que gera combinações gigantescas e praticamente impossíveis de ser descobertas e as armazena.
Existem diversas opções de gerenciadores, desde os mais simples e gratuitos, aos com mais recursos, que cobram mensalidade. Cada um deve entender as próprias necessidades e adotar um que as atenda.
Também fique atento a emails e mensagens suspeitos. Muitos dos ataques e das invasões ocorrem porque os donos das contas clicam em emails fraudulentos ou mensagens suspeitas enviados por algum contato.
Muitas dessas mensagens contêm links que redirecionam a pessoa para sites clonados, criados com a única intenção de roubar logins e senhas de contas importantes, e até de serviços bancários. Uma regra importante é verificar se um cadeado aparece ao lado do endereço do site, na barra do navegador.
Em caso de dúvida com relação a alguma mensagem, não hesite em contatar o administrador do serviço.
Muitos dos hackers também utilizam momentos de crise, como a pandemia causada pelo novo coronavírus, para enganar pessoas.
“Recomendamos que os usuários sejam vigilantes. Se você receber um e-mail ou mensagem que inclua um link ou anexo usando o tema coronavírus, lembre-se de que pode ser uma farsa. É recomendável não baixar ou abrir o arquivo nem o link”, afirma Camilo Gutiérrez, chefe do Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina.
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Alguns vírus e spywares chegam a colocar em risco toda a rede doméstica de alguém e podem até atacar outros dispositivos conectados a ela. Em um momento em que estamos mais tempo em casa, esse pode ser um risco ainda maior.
“A conscientização é um ponto-chave para tomar as medidas necessárias e, assim, proteger o equipamento e as informações contidas nele”, pontua Gutiérrez.
Fonte: R7.COM