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Retirada de tumor no cérebro devolve vida normal a jovem que teve epilepsia por quatro anos

Retirada de tumor no cérebro devolve vida normal a jovem que teve epilepsia por quatro anos

Retirada de tumor no cérebro devolve vida normal a jovem que teve epilepsia por quatro anos
( Foto: Reprodução )

“À noite, eu não sabia quando que eu tinha [convulsão], só quando acordava que minha mãe me contava ‘olha Brenno, você teve crise de convulsão hoje’. Eu ficava ‘que chato, né? Tive crise de novo’. Mas, acordado, às vezes, eu tinha insegurança de ter crise, ficava envergonhado de ter na frente de amigos, de familiares”, conta o jovem.

A condição era uma novidade para ele e para a família, já que as convulsões de Brenno se diferenciavam do “senso comum”.

“Eu nem sabia que era epilepsia, porque era um tipo de convulsão que eu não conhecia, conhecemos mais aquela convulsão que a pessoa cai, fica se batendo, né? E ele começou a ter convulsão enquanto dormia, só que era uma que tremia o olho, babava algumas vezes, enrijecia o corpo”, relata a mãe de Brenno, Alessandra Radulski.

Após o diagnóstico, o jovem começou o tratamento medicamentoso. Alessandra tinha ciência que existia uma cirurgia que poderia acabar com as convulsões, já que elas eram causadas pelo tumor, mas os médicos do plano de saúde da família achavam que era um procedimento muito arriscado.

“Os médicos achavam que não tinha urgência em tentar uma cirurgia pelo motivo do tumorzinho que ele tinha ficar localizado na região da fala, da memória, que era arriscado”, diz Alessandra.

A família optou por seguir as recomendações dos profissionais. A mãe relembra emocionada as dificuldades e a insegurança causadas pela condição, que faziam com que ela hesitasse em deixar o filho sair de casa.

“Eu bloqueei bastante ele, não deixava ele sair, não deixava ele fazer nada. Então, foram quatro anos que eu segurei ele em casa por segurança, porque quando ele tinha uma crise acordado não tinha tempo de chamar alguém ou sentar no chão para não acontecer algum acidente. Tsso me deixava bastante insegura e eu acabava passando isso para ele”, conta a mãe, chorando.

Médicos do plano de saúde disseram que cirurgia não valeria a pena, mas mãe Brenno Marty conseguiu procedimento pelo SUS

Brenno Marty, de 20 anos, foi diagnosticado com epilepsia aos 16 anos. O jovem viveu a adolescência, tida por muitos como a fase de descobertas e criação de novas habilidades, confinado em inseguranças e medos desencadeados por um dos principais sintomas da condição, as convulsões.

Os quadros eram provocados por um pequeno tumor localizado no cérebro de Brenno. Porém, vale ressaltar que esta não é a causa de todos os casos de convulsão. Existem pessoas que têm epilepsia, mas não têm nada no cérebro que esteja causando, não tem uma alteração estrutural, mas existem pessoas que têm, às vezes, tumor e ele acaba causando convulsão, como se ele fosse um elemento que causa uma irritação”, explica o neurocirurgião e professor da escola de medicina da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) Carlos Alberto Mattozo.

E acrescenta: “O nosso cérebro tem uma atividade elétrica que fica estável e, às vezes, a presença de um tumor pode causar como se fosse um terremoto – vai dar um distúrbio de condução elétrica e causar a convulsão. Ele [Brenno] foi um paciente que aconteceu isso.

“À noite, eu não sabia quando que eu tinha [convulsão], só quando acordava que minha mãe me contava ‘olha Brenno, você teve crise de convulsão hoje’. Eu ficava ‘que chato, né? Tive crise de novo’. Mas, acordado, às vezes, eu tinha insegurança de ter crise, ficava envergonhado de ter na frente de amigos, de familiares”, conta o jovem.

A condição era uma novidade para ele e para a família, já que as convulsões de Brenno se diferenciavam do “senso comum”.

“Eu nem sabia que era epilepsia, porque era um tipo de convulsão que eu não conhecia, conhecemos mais aquela convulsão que a pessoa cai, fica se batendo, né? E ele começou a ter convulsão enquanto dormia, só que era uma que tremia o olho, babava algumas vezes, enrijecia o corpo”, relata a mãe de Brenno, Alessandra Radulski.

Após o diagnóstico, o jovem começou o tratamento medicamentoso. Alessandra tinha ciência que existia uma cirurgia que poderia acabar com as convulsões, já que elas eram causadas pelo tumor, mas os médicos do plano de saúde da família achavam que era um procedimento muito arriscado.

“Os médicos achavam que não tinha urgência em tentar uma cirurgia pelo motivo do tumorzinho que ele tinha ficar localizado na região da fala, da memória, que era arriscado”, diz Alessandra.

A família optou por seguir as recomendações dos profissionais. A mãe relembra emocionada as dificuldades e a insegurança causadas pela condição, que faziam com que ela hesitasse em deixar o filho sair de casa.

“Eu bloqueei bastante ele, não deixava ele sair, não deixava ele fazer nada. Então, foram quatro anos que eu segurei ele em casa por segurança, porque quando ele tinha uma crise acordado não tinha tempo de chamar alguém ou sentar no chão para não acontecer algum acidente. Tsso me deixava bastante insegura e eu acabava passando isso para ele”, conta a mãe, chorando.

Fonte: R7.COM

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