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Reposição hormonal na menopausa é associada a maior risco de depressão, aponta estudo

Reposição hormonal na menopausa é associada a maior risco de depressão, aponta estudo

Reposição hormonal na menopausa é associada a maior risco de depressão, aponta estudo
( Foto: Reprodução )

Pesquisadores dinamarqueses analisaram mais de 800 mil mulheres com 45 anos ou mais que fizeram terapia hormonal de estrogênio, ou estrogênio e progesterona 

Cientistas da Dinamarca encontraram mais um motivo para questionar a reposição hormonal das mulheres no período da menopausa.

De acordo com um estudo publicado nesta terça-feira (1º), na revista Jama Network, da Associação Médica Americana, o uso de terapias para compensar as perdas hormonais desse período pode estar relacionado com maior risco de depressão.

Ao longo da vida, o corpo feminino passa por inúmeras mudanças hormonais. Essas alterações são comumente apontadas como as principais causas para problemas mais frequentes entre as mulheres, como a depressão e a enxaqueca.

O climatério, que normalmente acontece entre 45 e 55 anos, caracteriza-se pela diminuição da produção de progesterona e estrogênio, hormônios produzidos nos ovários.

Por isso, de 60% a 70% das mulheres apresentam sintomas do climatério, que incluem mudanças de humor, taquicardia e calor excessivo.

Para evitar o desconforto, muitos médicos recomendam a reposição hormonal. No entanto, ëste método é questionado, já que pode aumentar o risco de câncer e de eventos tromboembólicos, como infarto e AVC (acidente vascular cerebral) – e, agora, pode também estar associado à depressão.

Com base nos dados do sistema de saúde público da Dinamarca, os pesquisadores analisaram todas as mulheres que tinham 45 anos entre 1º de janeiro de 1995 e 31 de dezembro de 2017, desde que não tivessem tirado um dos ovários ou tivessem tido câncer, seja em órgãos reprodutivos ou não.

As 825.238 voluntárias foram acompanhadas até dia 31 de dezembro de 2018. Foram analisadas as prescrições de reposição hormonal só de estrogênio ou de estrogênio associado à progesterona, administradas de forma sistêmica – via oral ou por pomada na pele transdérmica e local (intravaginal ou intrauterino).

Os diagnósticos de depressão foram identificados no Registro Central de Pesquisa Psiquiátrica Dinamarquesa e no Registro Nacional de Pacientes Dinamarquês, entre 1995 e 2018.Durante o período analisado, um total de 189.821 mulheres iniciaram terapia hormonal (23%) e 13.069 (1,6%) foram hospitalizadas por depressão, o que representa uma incidência de 17,3 casos por 10.000 pessoas/ano.

Fonte: R7.COM

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