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Programas de Pós-Graduação do Inpa melhoram desempenho e curso de Ecologia alcança nota 7, mais alto nível de excelência acadêmica

Programas de Pós-Graduação do Inpa melhoram desempenho e curso de Ecologia alcança nota 7, mais alto nível de excelência acadêmica
(Fotos: Victor Mamede e Rodrigo Verçosa/Acervo/Inpa)

O Programa de Pós-Graduação em Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) é o único do Amazonas e um dos três da região Norte com nota 7, o mais alto nível de excelência acadêmica, na avaliação quadrienal da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes).  Ao todo, três dos nove programas próprios do Instituto, centro de referência científica nos estudos da biodiversidade e dos ecossistemas amazônicos, subiram na avaliação quadrienal (2017-2020) da Capes, fundação vinculada ao Ministério da Educação (MEC). 

Além da Ecologia (Mestrado e Doutorado) que subiu no conceito de 6 para 7, curso de padrão internacional, os Programas de Genética, Conservação e Biologia Evolutiva (PPG-GCBEv) e de Biologia de Água Doce e Pesca Interior (PPG-Badpi) melhoraram a nota de 4 para 5. Os demais programas mantiveram as mesmas notas: Entomologia (5), Ciências de Florestas Tropicais (5), Clima e Ambiente, programa em associação com a Universidade do Estado do Amazonas – UEA (5), Botânica (4), Agricultura no Trópico Úmido (3) e Mestrado Profissional em Gestão de Áreas protegidas (3). O PPG-Aquicultura, programa da Nilton Lins em associação com o Inpa, melhorou o conceito para 4. 

Para a diretora do Inpa, a pesquisadora Antonia Franco, os resultados demonstram o empenho da Instituição para fazer ciência e formar recursos humanos de excelência na Amazônia, pelos pesquisadores, docentes, discentes e todos os parceiros nacionais e internacionais. “Trabalhamos para gerar conhecimento, tecnologia e inovação contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e desenvolvimento sustentável da Amazônia, e isso passa pela formação de profissionais qualificados para cuidar da nossa região”, disse Franco. 

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Programa da Área de Biodiversidade, o PPG-Ecologia se destacou por apresentar uma proposta consistente e abrangente, consolidada internacionalização, com parcerias internacionais com pesquisadores de diferentes países e de distintos continentes, e pela formação de ecólogos de grande qualidade, com comprovada atuação dos egressos destaque. Para dois indicadores relacionados à qualidade e adequação das teses e dissertações, inclusive, o programa alcançou valores acima do dobro indicado pela área, comprovando a excelência na formação de recursos humanos, com publicações em importantes periódicos internacionais.

Um exemplo de egresso destaque é a bióloga Carolina Levis, com mestrado e doutorado pelo Inpa. Ela defendeu a tese com louvor (2018), publicou em periódicos científicos de alto impacto e acumula oito prêmios e honrarias entre 2017-2020 por trabalhos realizados durante o doutorado sanduíche (PPG-Ecologia Inpa e em Ecologia da Produção e Conservação de Recursos na Wageningen University Research / Holanda), incluindo o Prêmio Jovem Cientista CNPq (2018), o Grande Prêmio Capes de Tese (2019) e o Prêmio Ecological Society of America, categoria William Cooper (2020).

Para a coordenadora do PPG-Ecologia, a pesquisadora do Inpa Noemia Ishikawa, a nota 7 foi “muito justa” com o desempenho dos docentes, discentes, egressos e servidores que se dedicam ou se dedicaram a realizar suas pesquisas científicas na Amazônia, por meio do programa. A coordenadora revelou que chamou atenção o fato do mundo ter enfrentado a pandemia em 2020 e o Programa não ter parado. De casa seguiram trabalhando e foram publicados 200 artigos. 

“O resultado não me surpreendeu, pois durante a elaboração do relatório já pude ver e admirar o excelente desempenho de toda a equipe, em contraste às inúmeras adversidades vivenciadas no país e no Instituto, pelos cortes financeiros a pesquisas, assim como, a ausência de novas contratações somada à aposentadoria, e infelizmente ao falecimento de docentes”, conta Ishikawa. 

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Consolidados, os programas do Inpa têm extensa trajetória na formação de recursos humanos. A Pós iniciou com a Botânica em 1973 e até agora o Inpa já titulou cerca de 3.100 mestres e doutores, com estimativa de cerca de 70% dos egressos permanecerem atuando na região. São professores, novos pesquisadores e profissionais. É comum encontrar nas principais instituições e órgãos de ensino, pesquisa e de meio ambiente da Amazônia egressos de Programas do Inpa.

“Nossos Programas se esforçaram muito nos últimos anos, e esse trabalho coletivo se refletiu na Avaliação quadrienal 2017-2020, quando 33% dos nossos PPGs subiram de nível e um deles atingiu nota máxima. Aos Programas que mantiveram o mesmo nível, continuaremos incentivando para que todos continuem avançando ”, disse a coordenadora de Capacitação do Inpa, Beatriz Ronchi, que aproveitou para demonstrar seu contentamento e parabenizar a todos os envolvidos com a conquista da Pós-Graduação do Inpa.

Um aspecto importante na Avaliação da Capes é o adequado preenchimento do Relatório da Plataforma Sucupira da Capes, uma ferramenta que serve como base do Sistema Nacional de Pós-Graduação, permitindo obter informações, realizar análises e avaliações. “A nossa última coordenadora, a pesquisadora Cristina Cox Fernandes, fez um trabalho minucioso para mostrar tudo o que Badpi faz. Além das publicações científicas, que já eram apresentadas com muito critério, houve uma atenção para o impacto do PPG na sociedade, ou seja, ações de extensão, como cursos, oficinas e entrevistas; um esforço para mostrar a nossa relevância social”, lembra a coordenadora do Badpi, a pesquisadora Fabíola Valdez.

Saiba Mais

Mais de 7,5 mil cursos foram avaliados pela Capes, que verifica todo o Sistema Nacional de Pós-Graduação Brasileiro, stricto sensu. As notas variam de 3 a 7, e o curso novo, recém-criado não recebe nota, apenas conceito A.  

Fonte: ASCOM/INPA

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