Marte foi registrada, pela primeira vez, pelo James Webb. O telescópio espacial capturou visualmente o planeta, assim como vários dados científicos e importantes para pesquisas. As imagens foram feitas este mês e divulgadas nesta segunda-feira (19) pela Nasa e pela ESA, as agências espaciais dos Estados Unidos e da Europa.
A Nasa explica que as imagens fornecem uma “perspectiva única” do planeta vermelho, mas que diferem bastante de outros impressionantes registros capturados pelo super telescópio. A captura dessas fotografias, veio com alguns desafios. Como Marte está próximo da Terra e é um dos objetos mais luminosos do céu noturno – ao menos para os olhos humanos -, focar as lentes e outros instrumentos do telescópio no planeta é um processo que requer destreza.
“O Webb foi construído para detectar luz fraca de galáxias distantes, mas Marte é extremamente brilhante! Por isso, técnicas especiais foram usadas para evitar que o Webb fosse inundado com luz”, conta a NASA.
O registro
Segundo a Nasa, as imagens capturadas pelo telescópio mostram uma região do hemisfério oriental de Marte. Na foto da esquerda, é possível ver três pontos importantes: os anéis da Cratera Huygens, uma estrutura de 450 km de diâmetro; a rocha vulcânica de Syrtis Major, uma das regiões mais escuras de Marte; e o brilho da Bacia de Hellas, uma das maiores crateras de impacto de todo o sistema solar.
O registro da direita, por sua vez, consiste em um mapa da emissão térmica de Marte, representativo da luz que o planeta emite conforme perde calor. Este fenômeno ocorre de tal maneira, em grande parte, devido à atmosfera fina do planeta, que permite que grande parte do calor absorvido do Sol “escape” para o espaço.
Pesquisas para o futuro
A Nasa informou que os astrônomos vão analisar as características de Marte através do James Webb para coletar informações adicionais sobre a superfície do planeta e a atmosfera.
Estas imagens vão ajudar os cientistas na exploração das diferenças regionais em todo o planeta e procurar gases na atmosfera, incluindo metano e cloreto de hidrogênio.
Fonte: SNB