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Saúde

Prevenção de quedas: como pequenas mudanças podem salvar vidas na terceira idade

Até 2060, 25% dos brasileiros serão idosos, exigindo prevenção de quedas e melhor formação médica.

Prevenção de quedas: como pequenas mudanças podem salvar vidas na terceira idade
(Foto: Divulgação)

As quedas estão entre as principais causas de complicações de saúde em idosos, representando riscos graves, como fraturas e perda de mobilidade. Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), 40% das pessoas acima de 80 anos sofrem quedas todos os anos, o que evidencia a gravidade do problema.

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“As quedas, envolvendo idosos, são vistas como uma questão de saúde pública, pois há grande risco de mortalidade, devido à ocorrência de fraturas e complicações graves que afetam a mobilidade, geram dependência e isolamento social”, explica a professora do curso de Medicina da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Itacoatiara, Andriele Nogueira.

Para sensibilizar e orientar os idosos sobre a prevenção, estudantes de Medicina da Afya realizaram uma ação na Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI), em Itacoatiara. De acordo com a estudante Monalisa Galvão Aguiar, que participou da ação, a conversa foi muito positiva, principalmente, para tirar dúvidas e reforçar os cuidados básicos sobre alimentação e prática de atividade física.

“Também destacamos a importância da adaptação dos ambientes, como por exemplo, os banheiros, que devem ter apoio para que o idoso segure e não escorregue, escada com corrimão, entre outras melhorias que vão contribuir para a prevenção das quedas”, acrescenta. Também participaram da ação na FUnATI os estudantes de Medicina Valber Lima de Oliveira Junior e Adrielly Ingrid Faustino Alves, da Afya.

A professora Andriele Nogueira explcia que o envelhecimento causa perda de massa muscular e dificuldades no equilíbrio, tornando os idosos mais vulneráveis. “O envelhecimento provoca perda de tecido ósseo, massa muscular, acúmulo de gordura e declínio funcional e cognitivo, fatores que levam a frequentes problemas no equilíbrio e, consequentemente, às quedas”, afirma.

Ainda de acordo com a educadora, muitas quedas ocorrem em ambientes domésticos, provocadas por pisos escorregadios e móveis instáveis. “Um ambiente seguro é essencial. Adaptações no espaço doméstico podem prevenir acidentes e preservar a autonomia dos idosos”, enfatiza.

Para envelhecer com qualidade, a professora destaca a importância de uma dieta equilibrada e exercícios físicos regulares para fortalecer os músculos e melhorar o equilíbrio. “Para um bom envelhecimento, é fundamental ter uma dieta saudável. Também é necessário praticar exercícios físicos para o fortalecimento muscular e a melhora do equilíbrio, além de acompanhamento médico anual e cuidados preventivos contínuos. Esses hábitos devem ser adotados em qualquer fase da vida, justamente para que as pessoas possam chegar na terceira idade da melhor forma possível”, afirma.

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O Brasil está passando por uma transformação demográfica acelerada, com um aumento significativo da população idosa. Dados do IBGE indicam que, até 2060, cerca de 25% da população brasileira terá 60 anos ou mais. Esse cenário representa um grande desafio para a saúde pública, exigindo estratégias para lidar com doenças crônicas, fragilidade física e demandas por cuidados de longa duração. “É fundamental preparar os médicos para essa realidade, oferecendo uma formação que contemple não apenas o tratamento, mas também a prevenção e o cuidado integral do idoso. Assim, podemos contribuir para um envelhecimento mais saudável e ativo, reduzindo os impactos sociais e econômicos desse processo”, ressalta a professora Andriele Nogueira.

 

Fonte: ASSESSORIA

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