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Por que o Euro não para de cair?

Por que o Euro não para de cair?

A queda do euro se deve especialmente aos temores de uma recessão, principalmente ao risco de um congelamento do fornecimento de gás

Na manhã da última quarta-feira (6), o euro caiu para 1,02 dólar, porém há um ano, era cotado a cerca de 1,18 dólar. Dessa forma, especialistas veem a possibilidade das duas moedas atingirem a paridade em breve, fato que ocorreu 20 anos atrás. A moeda europeia chegou a seu menor valor em 5 de julho de 2001, quando foi negociada a 0,8380 dólar.

A queda do euro se deve especialmente aos temores de uma recessão. Principalmente ao risco de um congelamento do fornecimento de gás, que preocupa os mercados financeiros, já que isso paralisaria a economia na Alemanha e na Europa. “A situação ainda é boa, mas é frágil”, afirmou Ulrich Leuchtmann, especialista em câmbio do Commerzbank, à rádio Deutschlandfunk.

Exportações em alta

A moeda fraca pode trazer vantagens, pois contribui para as empresas exportadoras. Assim, os produtos nacionais ficam mais baratos no exterior, o que estimula as vendas. Contudo, o poder de compra também é exportado para o exterior. Dessa forma, os produtos alemães e europeus se tornam mais baratos.

Inflação

Os altos preços de importação, principalmente de energia, estão intensificando a inflação. O que não é bom para o Banco Central Europeu (BCE). Visto que o órgão quer equilibrar a inflação com aumentos planejados das taxas de juros.

Todavia, o BCE não deve fazer isso imediatamente, pois corre o risco de paralisar a economia. “Ele poderia primeiro tentar intervir verbalmente”, analisa Marten. Entretanto, é mais provável que isso atraia especuladores, que poderiam contribuir ainda mais para a queda da taxa de câmbio do euro em poucos dias.

Recessão

O euro estar tão fraco frente ao dólar tem relação com a avaliação da moeda americana. O Banco Central americano está tomando iniciativas contra a inflação e já deu início ao aumento das taxas de juros.

Dessa forma, o mercado de ações está com os olhos voltados para a Europa. Pois, se a economia americana entrar em colapso, a recessão também atingirá a Europa.

Subvalorização

Se o BCE realmente aumentar a taxa de juros em julho, isso poderia ajudar a taxa de câmbio do euro novamente.

Dessa forma, o euro poderia voltar a ser cotado a 1,10 dólar, ou até mais. Atualmente, de acordo com o ex-economista-chefe da Allianz, Michael Heise, o poder de compra do dólar está supervalorizado de qualquer maneira.

Fonte: R7.COM

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