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Polícia desarticula organização criminosa e gera um prejuízo de mais R$ 4,5 milhões ao crime organizado

O grupo era responsável por distribuir drogas para os interiores do Amazonas e para outros estados do Brasil

Polícia desarticula organização criminosa e gera um prejuízo de mais R$ 4,5 milhões ao crime organizado
(Foto: Divulgação/PC-AM)

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deflagrou a Operação Manoa, na quarta-feira (18), e desarticulou uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas em Manaus. O prejuízo ao crime organizado está estimado em R$ 4,5 milhões, com as apreensões de 129 tabletes de maconha, cerca de R$ 500 mil em espécie, armas, veículos e jóias.

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Além desses materiais, também foram apreendidos joias, materiais e máquina para embalos, documentos falsos, celulares e notebook foram encontrados. Os presos foram identificados como Beatriz Araújo dos Santos, 40; Felipe Pinto do Nascimento, 31; Igor Trindade Viana, 44; e Raissa Araújo Trindade Viana, 27. As diligências irão continuar para localizar um quinto envolvido.

Em coletiva de imprensa, realizada nesta quinta-feira (19), o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, esteve presente e destacou a forte atuação da Polícia Civil na área urbana e o êxito da operação policial deflagrada pelo Denarc, com o apoio da Seai e DPI.

“Os indivíduos que atuavam nessa organização criminosa são de alta periculosidade nesta prática. Eles transportavam as drogas do estado de Roraima para a cidade de Manaus. Posteriormente, eles faziam a distribuição também para alguns interiores do Amazonas e para Pernambuco, do Ceará e de São Paulo. A Polícia Civil continuará empenhada em conter esses crimes”, disse o delegado-geral.

Segundo o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, os membros do grupo criminoso, apesar de um grupo pequeno, se dedicavam a essa prática e mantinham laboratórios especializados no refino dos entorpecentes. Ele parabenizou o Denarc e destacou a apreensão realizada durante a operação.

“As ações da Polícia Civil em combate ao tráfico de drogas já desarticularam laboratórios de refino de drogas, um centro de distribuição de drogas, e esse trabalho já gerou um prejuízo estimado em milhões de reais ao tráfico de drogas, somente neste ano”, falou o delegado-geral adjunto.

O delegado Paulo Mavignier, diretor do DPI, ressaltou que o grupo criminoso transportava partes dos entorpecentes para a comunidade Novo Remanso, zona rural de Itacoatiara; Itapiranga; Silves; Urucará; e São Sebastião do Uatumã (a 176, 227, 204, 261 e 247 quilômetros de Manaus, respectivamente).

“O DPI tem uma parceria muito forte com o Denarc no combate às organizações criminosas que queiram se infiltrar no interior do Estado. Inclusive, o alvo principal da operação é candidato a vereador no município de Itapiranga. Com isso, a Polícia Civil traz uma resposta e demonstra que o combate ao crime organizado ocorre de forma enérgica para que os índices do tráfico de drogas diminuam cada vez mais no interior”, falou Paulo Mavignier.

O secretário da Seai, Divanilson Cavalcanti, contou que a integração entre as instituições foi importante no êxito da Operação Manoa. Ele sinalizou a ligação do tráfico de drogas com o índice de homicídios no Amazonas.

“A interação entre as instituições e apoio ao Denarc em suas ações é essencial para o enfrentamento às organizações criminosas e a relação do tráfico com os homicídios. Cerca de 80% dos homicídios que acontecem em Manaus e no interior, são relacionados à briga territorial de organizações criminosas”, informou o secretário.

Operação Manoa

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Conforme o delegado Rodrigo Torres, diretor do Denarc, as investigações ocorrem desde janeiro deste ano, e são decorrência de outras investigações anteriores, em torno de Igor Trindade Viana, o principal mentor do grupo criminoso.

“O Denarc estava monitorando este grupo criminoso desde o final de 2023. Igor, inclusive, já foi preso anteriormente pelo Denarc e, após novas diligências, foi constatado que ele continuava atuando no tráfico de drogas. A casa onde era o centro de distribuição de drogas pertence a ele, porém ele não morava lá. Ele morava em uma casa de luxo e tinha vários veículos em seu nome, que também foram apreendidos na operação”, explicou Rodrigo Torres.

Segundo o delegado, a partir das investigações, foi possível mostrar a dinâmica do grupo, na fabricação e armazenamento de entorpecentes. Os infratores possuíam maquinários específicos para embalagem de drogas, para depois transportá-las para outros estados do Brasil, de uma forma que não fossem encontradas durante o envio.

“Com o andar das investigações, solicitamos ao Poder Judiciário os mandados de busca e apreensão, que foram prontamente deferidos pela Justiça. Ao todo, cumprimos 10 ordens judiciais nas casas dos indivíduos e no depósito utilizado para guardas as drogas, nos bairros Manoa; Novo Aleixo; Cidade de Deus; Lago Azul, todos na zona norte de Manaus”, disse o delegado.

Nos locais foram encontradas drogas, jóias, documentos falsos, armas de fogo, cinco carros, duas motocicletas, cerca de R$ 500 mil em espécie, além do maquinário e materiais utilizados para manusear e embalar os entorpecentes. Também foram apreendidas diversas carteiras de identidades, com vários nomes falsos, usadas por Igor.

“Juntando todos os materiais apreendidos, o prejuízo ao crime organizado está avaliado em quase meio milhão de reais. Vamos prosseguir as investigações, visando outros municípios do Amazonas e outras cidades para onde também eram enviadas às drogas, e para localizar um quinto infrator envolvido com o grupo criminoso, que ainda está foragido”, finalizou o delegado.

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Procedimentos

Beatriz Araújo dos Santos, Felipe Pinto do Nascimento, Igor Trindade Viana e Raissa Araújo Trindade Viana responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, posse irregular de arma de fogo de uso restrito e de uso permitido, falsidade ideológica e estão à disposição da Justiça.

A ação foi realizada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), com apoio da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai) e do Departamento de Polícia do Interior (DPI),

 

Fonte: ASCOM/PC-AM

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