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Polícia deflagra Operação Anúbis e prende grupo investigado por três mortes praticadas em Careiro Castanho

Polícia deflagra Operação Anúbis e prende grupo investigado por três mortes praticadas em Careiro Castanho
(Foto: Erlon Rodrigues/PC-AM.)

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do Departamento de Polícia do Interior (DPI), deflagrou, na quinta-feira (25), a Operação Anúbis e prendeu quatros membros de uma mesma família, investigados por três mortes praticadas no município. Uma das vítimas tinha um relacionamento amoroso com uma parente dos autores.

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A operação ocorreu em conjunto com a Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Careiro Castanho (a 88 quilômetros de Manaus), 34ª DIP de Careiro da Várzea (a 25 quilômetros de Manaus), 38ª DIP de Itapiranga (a 227 quilômetros da capital), além de policiais civis da Delegacia Fluvial e Gabinete do delegado-geral adjunto da instituição.

Os presos foram identificados como Amarildo Nascimento Rego; ⁠Amaro Rego Nascimento; Janderson Nascimento Rego; e Sebastiana Andrade Monteiro. Eles foram alvos de cumprimento de mandado de prisão preventiva.

O quarteto seria membro da mesma família e teriam envolvimento nas mortes de Rafael Evangelista Oliveira da Silva e Gilson Ribeiro Colares, ocorridas em 2022 e 2023, respectivamente, além de uma terceira morte que segue em investigação sigilosa.

De acordo com o delegado Paulo Mavignier, diretor do DPI, as investigações em torno do caso se iniciaram quando Gilson Ribeiro desapareceu e, no decorrer das diligências, foi possível constatar que ele teria sido vítima de homicídio na zona rural do Careiro Castanho.

Gilson Ribeiro foi morto com dois disparos de arma de fogo e vários golpes de pauladas. Seu corpo foi jogado nas proximidades do lago do Terceiro e, até o momento, não foi localizado.

“Os autores do crime são familiares da companheira de Gilson, e teriam ceifado a vida da vítima após um desentendimento entre eles. Amarildo disparou contra Gilson duas vezes com uma espingarda, e não satisfeitos, os criminosos desferiram golpes de pauladas contra o homem, mesmo após a sua morte. O crime gerou bastante revolta e comoção a população”, disse.

Segundo o delegado, com o desdobramento das investigações, constatou-se outro homicídio também cometido por Amarildo, desta vez conta Rafael Evangelista, no ano anterior à morte de Gilson. A motivação seria uma briga por conta de uma arma de fogo, e ele também contou com a ajuda dos demais membros da família para ocultar o cadáver da vítima.

“Os dois crimes tiveram o mesmo modus operandis pelos infratores. Rafael Evangelista também foi morto a pauladas e disparos de arma de fogo e seu corpo foi encontrado no lago do Terceiro. Com isso, podemos ver que Amarildo já era reincidente pelo crime de homicídio. Ele, inclusive, desovou o corpo do Rafael no mesmo local onde estava o de Gilson, para não deixar vestígios sobre o crime”, salientou.

Conforme o diretor do DPI, Amarildo é uma pessoa perigosa que ficou retirada de circulação, por meio das investigações da DIP de Careiro Castanho. O delegado agradeceu, ainda, o apoio operacional dos policiais civis de Careiro da Várzea, Itapiranga, Delegacia Fluvial e Gabinete do delegado-geral adjunto.

“A Polícia Civil deu a resposta e nós nos colocamos à disposição da população para quem tiver mais informações sobre localização de corpo, que ligue no 181, disque-denúncia da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), para que possamos dar uma resposta mais efetiva aos familiares que vêm sofrendo com a ausência de seus familiares que foram assassinados”, disse.

Operação Anúbis

A operação foi batizada com esse nome em alusão ao deus Anúbis, do antigo Egito, que após a morte, conduzia as almas ao além e garantia que os mortos recebessem rituais de sepultamento adequados, bem como supervisionava o julgamento das almas assegurando que a justiça prevalecesse no reino etéreo.

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Procedimentos

Amarildo, Amaro, Janderson e Sabastiana responderão por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e posse ilegal de arma de fogo e ficarão à disposição da Justiça.

Fonte: ASCOM/PC-AM

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