A Polícia Federal (PF) do Amazonas confirmou, nesta segunda-feira (23), que tem provas suficientes de que Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, foi o mandante do assassinato de Bruno Pereira e Dom Philips. Ele havia sido liberado, em outubro do ano passado, após pagar fiança de R$ 15 mil. Com novas provas, contudo, a investigação concluiu que a motivação para o crime foi o prejuízo que a constante vigilância ao Território Indígena (TI) dava à pesca ilegal que ocorria na região, um dos braços dos investimentos do suspeito.
A PF também indiciou Edvaldo da Costa de Oliveira, irmão de Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido por Pelado. Terceiro suspeito preso no caso, ele se entregou à polícia enquanto as buscas aconteciam.
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Ambos foram acusados pelo assassinato, mas também por corrupção de menores, já que um sobrinho menor de idade de Amarildo participou da ação de ocultação dos cadáveres. A informação veio sete meses após a confirmação da morte do indigenista e do jornalista, no Vale do Javari, oeste do Amazonas, na tríplice fronteira entre o estado brasileiro, Peru e Colômbia.
Sobre Colômbia, Fontes indica que testemunhas ouvidas na investigação indicaram “farto conjunto probatório” que o apontam como o “autor intelectual” do crime. Em mais uma prova, a PF confirmou que Rubens ligou para um dos autores na véspera da emboscada. No entanto, a conversa ainda não foi analisada pelos agentes federais.
“Não tenho dúvida que o mandante foi o ‘Colômbia’. Temos provas que ele fornecia as munições para o Jefferson e o Amarildo, as mesmas encontradas no caso. Ele pagou o advogado inicial de defesa do Amarildo”, explicou o delegado do caso, Eduardo Fontes.
Arma do crime
Ainda de acordo com a autoridade, foi Edvaldo quem forneceu a arma usada para matar Bruno e Dom, uma espingarda calibre 16. “Ele não estava nas embarcações, mas ele entregou a espingarda calibre 16 nas mãos do Jefferson. Ele forneceu a arma de fogo que foi utilizada no crime”, afirmou o delegado.
Ele era suspeito apenas por ter participado da ocultação do cadáver. Os corpos foram enterrados próximo à cidade de Atalaia do Norte, a cerca de 3 km de onde foram encontrados os pertences dos dois, submersos no rio Itaguaí.
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE