A Polícia Federal apreendeu o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro, no início da tarde desta quinta-feira (8). O documento estava no escritório dele na sede do PL, em Brasília. A ação faz parte da Operação Tempus Veritatis, que cumpriu quatro mandados de prisão e 33 de busca e apreensão contra o núcleo político e militar do bolsonarismo.
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A informação foi dada pelo advogado do ex-presidente Fabio Wajngarten, via redes sociais. “O passaporte do presidente @jairbolsonaro já foi entregue para as autoridades competentes, antes das 12:00, em BSB conforme determinação”, escreveu.
Segundo os investigadores, foi montada uma organização criminosa, com seis núcleos (desinformação, incitação aos militares, jurídico, operacional, inteligência paralela e núcleo de oficiais de alta patente), para atuar em tentativa de golpe de Estado e manter Jair Bolsonaro no poder. Também teria sido elaborada uma minuta golpista que previa a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Incógnita”
O ex-presidente, além do passaporte comum, tem direito ao documento diplomático — que é um direito de presidentes, vice-presidentes, ex-presidentes, ministros, governadores e membros do Congresso Nacional. Entre os benefícios, estão o acesso a filas de embarque e desembarque separadas nos aeroportos, revistas menos rígidas e dispensa de visto para entrar em determinados países. Este passaporte especial também foi apreendido pela PF.
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Bolsonaro foi intimado nesta manhã em sua casa em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e está proibido de manter contato com os demais investigados, inclusive, por meio de advogados. Ao Estadão, ele afirmou não saber o motivo de ser investigado. “Vamos buscar acesso ao inquérito, do que se trata. Por enquanto é uma incógnita aqui. Não tenho acesso ao que é, qual o motivo da busca e apreensão e o que está sendo investigado”, disse.
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE