A Confederação Nacional de Municípios (CNM) articula a presença de mais de mil prefeitos de todo o Brasil no Congresso Nacional, na terça-feira (5), em Brasília, para a mobilização contra propostas que impactam na arrecadação dos municípios.
De acordo com a CNM, a chegada dos prefeitos a Brasília pauta o combate à tramitação de “pautas graves”.
As tratativas entre os gestores e congressistas ocorrerá em meio às discussões pela votação da PEC “Kamikaze”, que turbina auxílios e cria benefícios sociais, com impacto de R$ 41,25 bilhões.
Segundo a nota, as últimas estimativas da Confederação apontam que, entre aumentos de despesas e redução de receitas, os municípios poderiam perder em torno de R$ 250 bilhões por ano. O ainda não considera os impactos orçamentários da PEC.
A concentração dos prefeitos terá início pela manhã, na sede da CNM em Brasília. À tarde, eles se dirigem ao Congresso. Os administradores vão entregar aos parlamentares um mapeamento com o impacto das medidas para cada município.
“Nosso papel é dar transparência. Que o governo e Congresso contestem esse número e digam que não é verdade”, diz o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. “A PEC do inferno, PEC Kamikaze, seja lá o nome que tiver, quem paga esse conta de janeiro em diante?”, continuou.
Segundo Ziulkoski, na véspera das eleições, a CNM quer chamar atenção do custo elevado para as finanças das localidades onde eles pretendem se reeleger. É uma tentativa de pressão para barrar o avanço das medidas que ainda não foram aprovadas.
Municípios mineiros
Segundo o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Coronel Fabriciano, Dr. Marcos Vinícius (MDB), mais de 300 prefeitos mineiros são esperados na mobilização da CNM.
“(Vamos) dar um basta nessas atrocidades que estão sendo cometidas aos cofres públicos em Brasília, onde, de forma irresponsável, tanto no senado quanto no congresso, estão criando despesas para os municípios sem receitas”.
Conforme Marcos Vinícius, a PEC pode gerar um colapso nos cofres públicos. “Estamos indo a Brasília dar um alerta aos nossos deputados, nossos senadores, porque chega a ser até triste. Perder um dia de serviço nos nossos municípios, para alertar os nossos deputados sobre a barbárie que estão fazendo na gestão pública.”
Fonte: O TEMPO