Em mensagem ao Brasil enviada nesta quarta-feira (26/10), o papa Francisco pediu para que Nossa Senhora Aparecida, a padroeira brasileira, proteja o Brasil e livre o país do “ódio” e da “intolerância”. “Peço a Nossa Senhora Aparecida que proteja e cuide do povo brasileiro, que o livre do ódio, da intolerância e da violência”, disse.
A fala ocorreu durante a audiência-geral desta quarta, na Praça São Pedro, no Vaticano. Na mensagem, Francisco ainda saudou o país pela beatificação da menina Benigna Cardoso da Silva que ocorreu na segunda-feira (24/10) em Cratos, no Ceará. “O seu exemplo nos ajude a ser generosos discípulos de Cristo. A vida do mundo depende do nosso testemunho coerente e alegre do Evangelho. Um aplauso à nova beata”, afirmou.
CNBB criticou exploração da religião
Na semana da celebração do Dia de Nossa Senhora Aparecida, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu nota em que criticou a exploração da religião para fins eleitorais. “Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições”, afirmou a entidade.
Já no dia de celebração da padroeira, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) vaiaram o arcebispo da Arquidiocese, Dom Orlando Brandes, e causaram confusão no Santuário de Aparecida. Pessoas vestidas de verde e amarelo aparecem em vídeo cercando uma pessoa de vermelho e também agredindo profissionais da TV Aparecida, emissora ligada à basílica.
Nesta terça-feira (25/10), o grupo Bispos do Diálogo pelo Reino, que reúne bispos de todo o Brasil, emitiu uma carta em que critica o atual governo e diz que o segundo turno “nos coloca diante de um dramático desafio”. O texto diz que é preciso “escolher, de maneira consciente e serena, pois não cabe neutralidade quando se trata de decidir sobre dois projetos de Brasil”.
(Por Thays Martins)
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE