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OMS recebe pesquisadoras da Fundação Alfredo da Matta em reunião global sobre doenças negligenciadas

A Fuham recebeu o convite oficial da OMS durante a visita da autoridade global de hanseníase da organização a Manaus, médico indiano Venkata Ranganadha Rao Pemmaraju, em fevereiro deste ano. Na ocasião, a instituição foi convidada para apresentar as ações de combate à hanseníase realizadas em Manaus e em todo o Estado, por meio do Programa Estadual de Hanseníase, do qual é responsável.

A equipe do Amazonas apresenta o trabalho em dermatologia considerado inovador em todo o mundo

A Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), Unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), é uma das instituições que está representando o Brasil na 1ª Reunião Global sobre Doenças Tropicais Negligenciadas relacionadas à pele, em Genebra (Suíça), na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS). O encontro, que começou na segunda-feira (27) e vai até a sexta-feira (31), reúne cerca de 600 especialistas globais (presenciais e virtuais) em torno da discussão sobre a implantação de ações generalizadas para tratar essas doenças de forma integrada.

A Fuham recebeu o convite oficial da OMS durante a visita da autoridade global de hanseníase da organização a Manaus, médico indiano Venkata Ranganadha Rao Pemmaraju, em fevereiro deste ano. Na ocasião, a instituição foi convidada para apresentar as ações de combate à hanseníase realizadas em Manaus e em todo o Estado, por meio do Programa Estadual de Hanseníase, do qual é responsável.

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A coordenadora do Centro Colaborador da OMS no Amazonas e pesquisadora do Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia (DCDE) da Fuham, médica dermatologista Silmara Pennini, apresentou um panorama geral da dermatologia no estado. Os participantes viram também como é feito o trabalho que inclui exames de crianças nas escolas, idas aos municípios para exames dermatológicos da população mais distante, as campanhas e os mutirões dermatológicos.

“A repercussão foi muito boa, até porque nossos resultados têm sido muito bons. Temos demonstrado uma queda dos números de casos novos de hanseníase ao longo de anos. Isso é fruto de um trabalho em conjunto de toda equipe que vem trabalhando há décadas nesse sentido. Eles consideraram essas ações inovadoras, embora a gente já venha fazendo há muito tempo”, afirmou Silmara.

Para a chefe do DCDE, epidemiologista Valderiza Pedrosa, que também está em Genebra, a visita à OMS na condição de palestrante deve render bons frutos ao trabalho da Fuham.

“A Fundação Alfredo da Matta ganha muito nessa reunião. Principalmente no relacionamento com a OMS e com na Organização Panamericana da Saúde. Além do que, abre caminhos para novas parcerias. Nós temos tratado a possibilidade de projetos que podem vir a serem desenvolvidos na Fundação, visando o desenvolvimento de novos métodos e tecnologias para o melhor atendimento ao paciente”, disse Valderiza.

Objetivos gerais

Os organizadores da reunião definiram os principais objetivos: compartilhar o progresso e os desafios na implementação de atividades integradas sobre DTNs de pele em nível nacional; apresentar avanços na pesquisa de DTNs de pele; planear a implementação do quadro de DTN da pele; fortalecer o networking entre especialistas em doenças.

As doenças de pele são a terceira causa mais prevalente de doença e uma das 10 principais causas de incapacidade. Eles também estão entre as 10 causas mais comuns de consultas ambulatoriais. Das 20 DTNs, mais da metade apresenta manifestações cutâneas e estão frequentemente associadas a incapacidade de longo prazo, estigmatização e problemas de saúde mental.

Todos eles exigem detecção semelhante por meio do exame da pele e abordagens de gerenciamento de casos que apresentam oportunidades de integração, o que aumenta a relação custo-benefício e expande a cobertura.

A Hanseníase no AM

No Amazonas, em 2022, foram detectados no Estado do Amazonas 338 casos novos de Hanseníase. Do total de casos novos, 113 (33,4%) eram residentes de Manaus e 225 (66,6%) residentes em outros 47 municípios. Os dados foram compilados pelo Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia (DCDE) da Fuham.

Fonte: ASCOM/SES-AM

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