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Novembro Azul está chegando para abordar a saúde do homem em sua integralidade

Novembro Azul está chegando para abordar a saúde do homem em sua integralidade
(Foto: Reprodução)

Outubro está terminando e a expectativa para o mês que vai começar está voltada ao início da campanha Novembro Azul, iniciativa de conscientização sobre a saúde do homem em sua integralidade. O especialista em uro-oncologia e presidente da seccional amazonense da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Giuseppe Figliuolo, destaca que o movimento educativo visa, sobretudo, promover uma reflexão sobre a importância da prevenção, rastreio e diagnóstico precoce de alterações que acometem os homens, de forma a reduzir a mortalidade e criar uma nova cultura entre essa parcela da população.

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“Pesquisas recentes apontam que os homens morrem mais cedo que as mulheres por vários fatores, entre eles, pela negligência com a saúde. Enquanto a mulher procura se cuidar e fazer seus exames regularmente, o homem, culturalmente, protela a visita ao médico e só busca ajuda quando há algum sintoma incômodo e que causa dor frequente”, explicou o cirurgião da Urocentro Manaus, que é doutor em saúde pública.

Ele destaca que a campanha aborda não apenas os cânceres de próstata e de pênis, mas, uma série de questões ligadas à saúde masculina, com foco nos cuidados preventivos e no diagnóstico precoce de doenças como as crônicas (hipertensão, diabetes, cardiovasculares em geral, etc), e também as urológicas, comuns entre os homens nas mais diversas fases da vida.

“Este ano, o Novembro Azul reforça a necessidade de conscientizar os homens sobre o cuidado contínuo com a saúde, destacando a importância de exames regulares, hábitos saudáveis e uma abordagem mais ampla de saúde preventiva”, explica Figliuolo.

Alterações podem afetar pessoas de todas as idades

Ele destaca, ainda, que na urologia, pessoas do sexo masculino podem ser acometidas por problemas de saúde em todas as idades.

Quando crianças, elas podem nascer ou desenvolver a criptorquidia (testículos fora da bolsa escrotal), fimose (excesso de pele no prepúcio), hidrocele (líquido no escroto) e até a enurese noturna, popularmente conhecida como ‘fazer xixi na cama’.

Já na fase adulta, estão entre as principais alterações o câncer de próstata. Mas, não só ele. “Os cânceres de pênis, bexiga e os renais também fazem parte da vida dos homens e ganham os holofotes em novembro, bem como, as alterações mais cotidianas, como a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), as infecções e alterações do trato urinário, a disfunção erétil, os cálculos renais, a infertilidade masculina, a incontinência urinária e a perda na produção hormonal”, mencionou.

Conforme Figliuolo, todas essas alterações têm potencial para comprometer a qualidade de vida dos pacientes se não forem tratadas adequadamente e de forma precoce.

“A campanha Novembro Azul tem o papel fundamental de desmistificar os preconceitos e encorajar os homens a cuidarem mais da própria saúde. Muitas vezes, como provedores da família, eles se acomodam e acabam deixando de lado cuidados importantes. E iniciativas como o Novembro Azul trazem à tona essa necessidade. É como se alguém pegasse na mão de cada homem e explicasse que ninguém é de ferro e para manter a saúde em dia, é preciso se esforçar”.

Rastreio pode salvar vidas

Com vasta experiência em urologia e uro-oncologia, ele alerta que o rastreio no tempo certo, pode fazer toda diferença e que pode ser um fator fundamental para salvar vidas.

“Ir ao consultório médico uma vez ao ano, fazer a avaliação clínica com o urologista e descobrir a tempo algo que poderia causar muito sofrimento no futuro, não tem preço”, alertou o especialista.

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A indicação é que, a partir dos 50 anos, os homens submetam- se a avaliações especializadas e a exames de apoio ao diagnóstico, como o PSA. Aos que têm casos de câncer na família, essa visita ao consultório médico deve ser antecipada para os 45 anos, por conta do fator hereditário. Homens negros também têm maior predisposição genética a alguns tipos de câncer, como o de próstata. Por isso, o ideal é que iniciem as avaliações periódicas antes dos 50.

 

Fonte: ASSESSORIA

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