Estudo diz que 64% dos entrevistados são pró-democracia no país, enquanto 14% preferem ditaduras em circunstâncias específicas
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Iniciativas Democráticas Ilko Kucheriv (DIF, na sigla em inglês) revelou que mais de 92% dos ucranianos acreditam que o país vencerá a guerra contra a Rússia. Destes que depositam fé nas Forças Armadas da Ucrânia, 31% confiam que o triunfo sobre os russos acontecerá até o fim do ano.
A vitória para 55% dos participantes da pesquisa será a expulsão das tropas russas do território da Ucrânia, além da restauração das fronteiras antes da anexação da Crimeia feita pela Rússia. Outros 20,5% são mais radicais e acreditam que o triunfo se dará quando as forças armadas russas forem destruídas e uma rebelião seja causada em Moscou.
A alta taxa de confiança na vitória ucraniana também faz com que 72,5% dos entrevistados entendam que este é o sentimento que une o povo do país atualmente. Também foram citados como motivos de união a fé em um futuro melhor e o patriotismo.
Os ucranianos também foram perguntados se são a favor da democracia, mesmo em tempos de guerra. Segundo a pesquisa, 64% dos participantes acreditam que este tipo de regime é o ideal para o país, enquanto 14% defendem que ditaduras podem ser aceitas em determinadas circunstâncias.
Apesar do conflito com os russos, estes números a favor da democracia são os maiores desde o Euromaidan — onda de protestos políticos realizados por civis do país em 2014. Na época, apenas 50% dos entrevistados diziam se importar de viver em uma Ucrânia democrática.
Quando perguntados sobre quem são os responsáveis pela guerra, 86% dos entrevistados culparam Vladimir Putin. Mais de 42% também responsabilizaram o povo da Rússia, 18% os estados-membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e 16% citaram diretamente os Estados Unidos.
O estudo, realizado em 112 cidades (57 urbanas e 55 rurais), ouviu 2.024 pessoas com mais de 18 anos em locais como Kharkiv, Lviv e Odesa, além da capital Kiev. De acordo com o DIF, a margem de erro da pesquisa é de 2,3%, mas um desvio maior dos resultados pode ter acontecido como impacto da guerra no país.
Fonte: R7.COM