Uma nova decisão da Justiça de Alagoas manteve o show do cantor Wesley Safadão e a programação do São João na cidade de Viçosa, interior de Alagoas. O Ministério Público do Estado havia pedido o cancelamento do show devido à situação de calamidade que Alagoas enfrenta em razão das fortes chuvas que atingiram a região.

A decisão liminar anterior estipulava um limite de R$ 50 mil para contrato de artistas no estado e os municípios só poderiam pagar até R$ 20 mil. O limite total era R$ 500 mil para todo o Alagoas e de R$ 100 mil para o município de Viçosa. Só o cachê de Wesley Safadão é de R$ 600 mil.

Com a decisão proferida na quinta-feira (9/6), a apresentação de Wesley Safadão marcada para este domingo (12/6), e toda a programação dos festejos ficam mantidas. A decisão do presidente do TJ tem efeito para todo o estado de Alagoas.

No deferimento, o desembargador Klever Rêgo Loureiro destaca que “a decisão de suspender os festejos causa danos à economia e à ordem pública, diante da desorganização financeira e administrativa que causa aos entes estatais, ao impor o cancelamento de contratações em momento tão próximo à sua execução (trazendo grande ônus aos entes por terem de arcar com vultosos valores de multas contratualmente previstas)”.

Para o desembargador, a suspensão dos festejos causaria danos à economia por impedir a geração de empregos direitos e indiretos, assim como a arrecadação de impostos estaduais e municipais, que seriam convertidos em prol da população de uma forma geral.

“Os retornos financeiros ao Estado são amplamente compensados pelos razoáveis custos, uma vez que a cada R$ 1 real investido nas festividades de São João, são obtidos R$ 2,5 (duas vezes e meia a mais) como retorno, que serão alocados nas áreas prioritárias de atuação essencial”, disse ele.

Em nota, a assessoria de Wesley Safadão informou que acatará qualquer que for a decisão da Justiça. “Do nosso lado, o artista cumprirá o que for decidido pelas autoridades locais, ele e equipe são contratados para exercer o que lhes cabe, e farão tudo de acordo com o que for determinado”.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE