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Nota técnica da Prefeitura de Manaus alinha fluxo para avaliação de casos suspeitos de autismo em crianças

Nota técnica da Prefeitura de Manaus alinha fluxo para avaliação de casos suspeitos de autismo em crianças

Nota técnica da Prefeitura de Manaus alinha fluxo para avaliação de casos suspeitos de autismo em crianças
( Foto: Reprodução )

A Prefeitura de Manaus publicou uma nota técnica atualizando o fluxo na rede municipal de saúde para avaliação de casos suspeitos de Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) em crianças menores de 3 anos de idade. A Nota Técnica nº 020/2022, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), foi elaborada em conjunto com diversos órgãos e profissionais de saúde, com o intuito de facilitar o acesso desses usuários.

A gerente de Ciclos de Vida da Semsa, Patrícia Marques, explica que o documento serve para nortear os profissionais no encaminhamento de crianças que apresentam resultado alterado na escala Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT). O questionário deve ser aplicado tanto nas unidades de saúde, quanto nas creches municipais da capital.

“Essa avaliação é uma das mais recomendadas em todo o mundo, pela Academia Americana de Pediatria (AAP), e está integrada na Caderneta de Saúde da Criança, que os profissionais da Semsa usam nas consultas de crescimento e desenvolvimento da criança. Apenas os resultados do M-CHAT não determinam o diagnóstico de autismo, mas apontam sinais importantes para seguirmos investigando na atenção especializada”, detalha Patrícia.

De acordo com a nota técnica, publicada em 2 de outubro, toda criança deve ser submetida a uma triagem para o TEA entre 18 e 36 meses de idade, mesmo naquelas que não apresentam suspeita de TEA ou outros transtornos, desvios e atrasos do desenvolvimento.

Referência

Patrícia conta que quando o M-CHAT for aplicado por professores das creches e o resultado for indicativo para TEA, a criança deve ser encaminhada para avaliação com médico pediatra das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A lista das UBSs com atendimento pediátrico pode ser acessada no link sites.google.com/view/triagemneonatal.

Quando a suspeita for identificada por médicos clínicos, pediatras e enfermeiros das UBSs, a criança deve ser encaminhada às unidades de referência. São elas:

– Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil – CAPSi;

– Espaço de Atendimento Multidisciplinar ao Autista Amigo Ruy – EAMAAR;

– Centro Especializado de Reabilitação Professor Rolls Gracie – CER (física e Intelectual);

– Centro Especializado de Reabilitação Centro de Vida Independente do Amazonas – CVI (física e Intelectual);

– Centro Especializado de Reabilitação Abrigo Moacyr Alves (física e intelectual);

– Centro Especializado de Reabilitação Policlínica Codajás – CER III (física, visual e auditiva);

– Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente – Caic Ana Braga;

– Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente – Caic Alberto Carreira.

APS

Na Atenção Primária à Saúde (APS), executada pela Semsa, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças inicia na primeira semana de vida. O Ministério da Saúde recomenda sete consultas no primeiro ano de vida, duas consultas no segundo ano de vida, e consultas anuais a partir de então.

Patrícia informa, ainda, que a atenção à saúde das crianças entre 0 e 36 meses de idade é estruturada a partir da vigilância dos fatores que podem interferir no processo de crescimento e desenvolvimento saudáveis.

“A APS é o espaço privilegiado para essa vigilância por conta das constantes interações entre equipes de saúde e comunidade. Ao ordenar a Atenção Primária, nós estamos garantindo não só o acesso, mas também o vínculo dos usuários, atendimento integral e contínuo, coordenando o cuidado nos diferentes pontos da rede de atenção em torno das necessidades das crianças”, diz.

Autismo

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) caracteriza o TEA como um distúrbio neurológico que provoca dificuldades na comunicação e interação social, e pela presença de comportamentos ou interesses repetitivos ou restritos.

O indivíduo pode apresentar sinais do TEA desde os primeiros meses de vida. A intervenção precoce e intensiva, baseada em evidências e investigações, poderá alterar o prognóstico e suavizar os sintomas.

Fonte: ASCOM/SEMCOM

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