No Dia Internacional da Mulher, o Fórum Permanente das Mulheres de Manaus fez protesto em frente ao Fórum Henock Reis, pedindo justiça em memoria da industriária, Viviane Araújo de Sena, de 35 anos, que morreu estrangulada em 2021 e e de outras mulheres vítimas de feminicidio.
Com faixas e cartazes nas mãos mulheres pediam a condenação de Francisco Antônio Lima da Silva que está no banco dos réus acusado pelo Ministério Público de ter matado propria esposa estrangulada.
O caso está sendo julgado com mais outros 15 processos durante a “Semana da Justiça Pela Paz em Casa”.
A ação do Tribunal do Júri iniciou na segunda e vai até sexta (10/03)
Neste mês, de acordo com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), começa também o primeiro “Mutirão do Júri” com o intuito de julgar processos de longa tramitação que tratam de crimes contra a vida, incluindo casos de feminicídio. A meta da ação que iniciará no dia 27 e se estenderá até 31 de julho, é julgar em torno de 900 processos, entre capital e interior do Estado, conforme o TJAM.
Entenda o caso de Viviane
De acordo com a ocorrência registrada, na época, a Polícia Militar recebeu um chamado para averiguar um caso de feminicidio que teria ocorrido volta das 21h, na rua Senador Fábio Lucena, no bairro Mauazinho, Zona Leste de Manaus.
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Na cena do crime, o suspeito disse, aos policiais, que acordou com a mulher passando mal e resolveu pedir ajuda de uma cunhada, que mora próximo e que, com a ajuda deles, Viviane foi levada para a uma base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na Zona Sul.
Ainda segundo a PM, a médica do Samu informou que a industriária já havia chegado morta à unidade. Após fazer uma avaliação preliminar a médica viu vários hematomas pelo corpo da vítima e acionou a Polícia.
Francisco estava tentando convencer a equipe médica que a esposa que se recuperava da Covid-19 em casa, “teve um ataque e se machucou”. O depoimento levantou a suspeita dos servidores da prefeitura que acionaram a PM e no dia seguinte, o suspeito foi preso e conduzido ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde prestou depoimento.
O corpo de Viviane havia sido removido pelo Instituto Médico Legal (IML) ao necrotério do Instituto de Criminalistica (IC) para que fosse feito o exame de necropsia que constatou morte por estrangulamento em laudo do Departamento de Polícia Técnico-Cientifica (DPTC-AM).
A partir dessa informação o caso passou a ser investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
A polícia pediu a prisão preventiva do marido da vítima até a conclusão do inquérito policial que posteriormente foi remetido ao Ministério Público do Amazonas (MPAM) que formalizou a denúncia à Justiça do Amazonas.
( Por: Paulo Paixão)
Fonte: POLÍCIA 24 H