Missão tripulada que será enviada para o satélite natural do planeta poderá ter um astronauta europeu
A ESA (Agência Espacial Europeia) e a Nasa, agência espacial americana, anunciaram nesta quarta-feira (15) o reforço de sua cooperação na exploração da Lua e a possibilidade de enviar um astronauta europeu para uma missão lunar.
“Mal podemos esperar para ver um astronauta da ESA se juntar a nós na superfície da Lua e continuar a fortalecer nossa aliança estratégica de longa data”, declarou o administrador da agência espacial dos Estados Unidos, Bill Nelson, após uma reunião do conselho administrativo da ESA na Holanda, a que ele compareceu como convidado de honra.
Ambas as agências assinaram um protocolo de acordo sobre a missão Lunar Pathfinder, o futuro primeiro satélite de telecomunicações em órbita lunar construído pela britânica SSTL sob encomenda da ESA.
Em troca do acesso a esse satélite, a Nasa está disposta a colocá-lo na órbita lunar, explicou a agência europeia em coletiva de imprensa.
As duas agências também realizarão testes conjuntos sobre a possibilidade de utilização de satélites de navegação específicos para a Lua, como é o caso do europeu Galileo ou do americano GPS na Terra.
A ESA está envolvida no programa americano Artemis, que tem o objetivo de enviar astronautas à Lua até 2025 e construir uma estação na órbita lunar, a Lunar Gateway.
Nesse último projeto, o setor aeroespacial europeu participa na construção dos módulos de habitação e comunicações.
Missão para Marte
As duas agências também discutiram o futuro da missão russo-europeia ExoMars, suspensa pela ESA após a invasão russa da Ucrânia.
No âmbito dessa missão, a agência planejava enviar no fim de 2022 um robô ao planeta vermelho para perfurar o subsolo, em busca de vida extraterrestre.