A magia do circo, personagens inusitados e um texto genuinamente amazonense. O musical infantil “Pluft, Plaft, Zumm”, encenado pelos alunos e professores do Liceu de Artes e Ofício Claudio Santoro, estreou no palco do Teatro Amazonas, nesta sexta-feira (06). Mais de mil pessoas prestigiaram o espetáculo gratuito, antecipando as celebrações do Dia das Crianças.
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A versão amazonense do musical, adaptada à obra “Pluft, a fantasminha”, de Maria Clara Machado, apostou na regionalidade dos diálogos, no ambiente circense e na capacidade que toda criança tem de sonhar. “A gente resgatou toda a questão do circo, do sonho do Pluft querer ser artista, porque toda criança tem um sonho. Então o nosso Pluft, Plaft, Zumm é uma grande viagem no sonho dessa criança que quer ser artista”, disse Elizeu Melo, professor há doze anos núcleo de teatro do liceu e responsável pela adaptação do texto do musical.
O processo criativo contagiou o elenco e garantiu a identidade com a plateia. “Cada um de nós, atores, trouxe um pouquinho do que tínhamos de lembrança quando criança e é isso que tentamos passar para quem nos assiste. A criança dentro da gente, o sonho de toda criança, que não cabe numa caixa”, disse o artista Diogo Granja, que interpreta o Tio Gerúndio.
O espetáculo, promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, envolveu mais de 150 pessoas, entre alunos e professores do liceu, escola de artes mantida pelo estado.
Jovens de várias idades que revelam talento nas diversas linguagens artísticas dos cursos que a escola oferece. Música, artes visuais, danças urbanas, canto e balé. No palco, o espaço é garantido para todos. Para o diretor do liceu, Davi Nunes, que assina a direção geral do espetáculo, a iniciativa complementa os ensinamentos transmitidos em sala de aula. “É um momento que nossos alunos estão ao lado dos professores, aprendendo e tendo esta experiência ímpar para quem sabe, se tornarem profissionais das artes”, destaca Davi, também regente da orquestra.
Outro diferencial da obra adaptada por Elizeu Melo, se transformou em um desafio para Robert Moura e Miro Messa, que interpretam uma dupla de fantasminhas. Se na versão original da obra existe apenas um Pluft, no musical amazonense, são dois. Eles mostram sincronia nas falas, gestos e movimentos. “Mamãe, gente existe? Tomara que essa gente venha assistir ao espetáculo no sábado, às 18h e às 20h, no Teatro Amazonas”, convidam os artistas, interpretando Pluft.
Para o público, que prestigiou o espetáculo, os elogios são unânimes. “Pela primeira vez vim ao Teatro (Amazonas) e foi maravilhoso estar nesse momento. Foi uma maravilha”, disse Késsia Nicole, que veio do município de Santo Antônio do Içá.
A família Balute também apostou no espetáculo e recomenda: “Imperdível, sensacional. Sei que foi uma releitura e achei maravilhoso”, avalia Jamile. “Obrigada pelo evento”, completa Najla.
Dividindo a mesma opinião, Gabriela Costa, tem na ponta da língua os que mais chamou atenção. “A criatividade, a ideia, foi bem legal, os bailarinos, foi um espetáculo mesmo. Muito bom”, finaliza.
As duas sessões deste sábado (07), às 18h e 20h, tiveram acessibilidade às Pessoa com Deficiência (PcD) com Tradutores de Libras e o recurso de audiodescrição.
Fonte: ASCOM/SEC