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Mulher desenvolve urticária e coceira persistentes após tomar vacina contra a Covid

Mulher desenvolve urticária e coceira persistentes após tomar vacina contra a Covid
REPRODUÇÃO

Caso raro foi relatado na revista científica Annals of Internal Medicine, do Colégio Americano de Médicos

Um raro caso de uma mulher de 35 anos que desenvolveu urticária (irritações na pele) e prurido (coceira) de maneira crônica após receber duas doses da vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech foi relatado nesta semana na revista acadêmica Annals of Internal Medicine, da Associação Americana de Médicos e da Associação Americana do Coração.

No artigo, os médicos descrevem que a paciente tinha histórico de tireoidite de Hashimoto (uma doença autoimune), síndrome de Ehlers-Danlos (doença que afeta o tecido conjuntivo, principalmente a pele, as articulações e as paredes dos vasos sanguíneos), além de asma persistente leve e rinite alérgica.

Aproximadamente sete horas após ter recebido a primeira dose do imunizante, a paciente relatou ter desenvolvido coceira e urticária generalizadas. No dia seguinte, ela percebeu angioedema (inchaço sob a pele) no lábio inferior.

A urticária persistiu e após quatro dias a mulher procurou atendimento em um serviço de urgência.

Ela recebeu injeções de metilprednisolona (anti-inflamatório) e foi orientada a tomar difenidramina (anti-histamínico) e famotidina (antagonista dos receptores H2 de histamina).

O médico pessoal dela ainda indicou o uso de prednisona, outro anti-inflamatório, e a encaminhou para uma clínica especializada em alergias.

“Sua urticária não estava associada a uma doença viral recente, novos medicamentos, anti-inflamatórios não esteroides, opioides, álcool, alimentos, ou estímulos físicos, incluindo mudanças de pressão ou temperatura”, descreveram os médicos, ao acrescentar que os exames laboratoriais também apresentavam padrões normais.]

A paciente decidiu, após avaliação de risco x benefício, que tomaria a segunda dose da vacina da Pfizer/BioNTech. Naquele momento, ela continuava fazendo uso das medicações, apresentou certa vermelhidão no rosto, mas sem o ressurgimento da coceira e da urticária.

Ao completar três meses desde que havia tomado a primeira dose da vacina, a mulher tentou parar com os medicamentos e teve novamente urticária.

“Outras tentativas de desmamar os anti-histamínicos resultaram em prurido generalizado e urticária com duração superior a seis meses após a vacinação”, relataram os médicos.

Os autores do artigo não conseguem rastrear uma relação exata entre as doenças preexistentes da paciente e o desenvolvimento da urticária.

“Pacientes com UCE [urticária crônica espontânea] frequentemente apresentam doenças autoimunes comórbidas, e a tireoidite de Hashimoto é uma das doenças autoimunes comórbidas mais comuns observadas em pacientes com UCE”, sugerem.

Cabe ressaltar que as vacinas contra a Covid-19 aprovadas por agências reguladoras se mostraram extremamente seguras e eficazes na prevenção de internações e mortes pela doença, sendo extremamente raros efeitos adversos como esse.

Fonte: R7.COM

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